por Luiz Gustavo Vasconcellos*
Eles se conheceram mesmo quando a empresa promoveu um tal "Programa de Cultura da Cooperação". Logo na primeira etapa, quando a instrutora pediu que segurassem as mãos do colega do lado e olhassem bem no fundo dos olhos, se apaixonaram entusiasticamente e, só não se pode dizer que foi amor à primeira vista porque já se esbarravam pelo menos duas vezes por dia no ônibus e sequer percebia um a presença do outro. Coisas do destino. Ou da Cultura da Cooperação. Não sei.
Só sei que a partir daí passaram a se sentar juntos no refeitório e até a criticar também juntos a prepotência do chefe de produção. Brigaram pra poder trabalhar sempre no mesmo turno até assumirem de vez o namoro, coisa que o pessoal do RH, baseado nas estatísticas de produtividade, não aprovava muito, não. Mas quem se importa?
Ela vinha de um namoro frustrado, andava meio carente, ele teve que acabar com um rolo que vinha tendo com a Lucinete há alguns anos e, enfim, puderam levar, mais adiante do que se andava comentando pelos corredores, aquele relacionamento. O que a instrutora passou a citar em todas as apresentações posteriores como benefício do "Programa de Cooperação".
Fosse esta só uma história, poderia ter terminado por aqui, no felizes para sempre, mas a vida não tem dessas coisas e era inevitável que eles chegassem ‘naquele’ sábado. Depois de muita insistência, ele finalmente conseguiu que ela aceitasse o ‘convite’. E ainda prometeu que seria inesquecível!
Mas estavam ainda nas preliminares, ao som de Whitney Houston, quando ele viu a tatuagem do Che Guevara na coxa esquerda da moça, bem perto da virilha, acompanhado da célebre frase "Hay que endurecer-se pero sin perder la ternura jamás !" em letras manuscritas, bem miúdas. E não puderam continuar. Qualquer outro não conseguiria. Ela ainda tentou explicar que foi só uma fase da vida dela. Um período meio underground que tinha vivido. Coisa da Juventude. Uma criancice talvez! Mas já não tinha mais jeito.
Ela virou pro canto e ele teve que assistir a um amargo final de Supercine.
* Luiz Gustavo está cada dia mais convencido de que não escreve seus textos, psicografa. Não pensaria sozinho tanta bobagem.
31 março 2005
A Primeira Queda Nunca se Esquece
U2 // Vertigo // 2005 Tour
Algumas imagens do show de San Diego. KK, tks again.
Nem 80, nem 8. Não tem a megalomania da Pop Tour (97) nem é tão minimalista quanto a última turnê, de 2001/02. Bem legal. Será que seremos presenteados com pelo menos 2 datas por aqui? Se for rolar, só em 2006. Nos resta torcer e esperar... Um, Dos, Tres... Catorze meses - mais ou menos.
30 março 2005
U2 // Vertigo // 2005 Tour
Dica do Cacá Vasconcelos: no www.interference.com já tá disponível, na íntegra, o show de San Diego (de anteontem, 28/mar!). Saca só o setlist:>
"City of Blinding Lights"
"Vertigo"
"The Cry / The Electric Co."
"An Cat Dubh"
"Into the Heart"
"Beautiful Day"
"New Year's Day"
"Miracle Drug"
"Sometimes You Can't Make It on Your Own"
"Love and Peace or Else"
"Sunday Bloody Sunday"
"Bullet the Blue Sky"
"Running To Stand Still"
"Zoo Station"
"The Fly"
"Elevation"
Bis:
"Pride (In the Name of Love)"
"Where the Streets Have No Name"
"One"
"All Because of You"
"Yahweh"
Breves comentários: 7 músicas do novo disco (que tem 11 ou 12 se vc comprou o importado. O nacional é ladrão e mentiroso - não tem "Fast Cars" apesar da contra-capa dizer o contrário). Acho que o U2 nunca tocou tantas "inéditas" em um show. Surpreende também a sequência "The Electric Co.", "An Cat Dubh" e "Into the Heart". São músicas muito fortes do 1o disco deles. Bono tá levando a sério a tal sensação de "primeiro disco". Senti falta de duas que achei que entrariam para o setlist eterno (como "Pride", "Where the streets..", "Bullet.." e "One"): "All you can't leave Behind" e, principalmente, "With or Without You". Não entendi... mas não compromete. Estranhei também "Yahmeh" fechando o show. Mas só ouvindo pra entender. Outra surpresa é a reaparição de "Zoo Station". Ele só foi executada na turnê do "Achtung Baby!". Mas... deve tá duca!
O U2 costuma mudar até 1/5 do setlist durante a turnê... para felicidade dos colecionadores de piratas como eu (detalhe: Bono não liga para cópias de shows. Não acha que seja algo ilegal). Vamos ver quais caem fora e quais retornam. A fase européia da turnê pode revelar muitas surpresas.
28 março 2005
É Provável
por Luciano Pires
Outro dia ouvi no rádio uma baita discussão sobre a política econômica. Havia sido anunciada mais uma vez a prévia da inflação da quadrissemana comparada com a quadrissemana anterior e o índice apresentava crescimento. O crescimento era de 0,02 por cento. Zero vírgula zero dois por cento. Mais ou menos nada. Ninguém pergunta qual a margem de erro desses levantamentos, vai logo colocando o zero vírgula nada como indicador de crescimento ou queda. E se for pra pior, mais destaque ainda.
A cada momento que somos expostos à mídia, recebemos uma enxurrada de estatísticas: sobe o desemprego; cai a capacidade de compra; aumenta a produção da indústria; sobe o dólar; cai o dólar...
São toneladas de estatísticas que interpretam e controlam o mundo, criando verdades e simplificando as coisas. E são elas que guiam nossas vidas. O que chama a atenção é a forma como a mídia funciona como um amplificador desses índices, transformando números que pouco ou nada querem dizer em tendências definitivas. Nada é mais forte, respeitável e verdadeiro que um economista na televisão. Mesmo com argumentos apoiados sobre zero vírgula nada por cento.
Você já reparou a distância que existe entre os índices de inflação e os preços que você paga no supermercado? Não é assustador? E no que devemos acreditar? No índice divulgado, que mostra o crescimento de zero nada da cesta básica ou no aumento de 25% da carne? Temos que ter cuidado. Jornalistas e economistas, juntos, raramente dá coisa boa. E lá vamos nós tomando decisões sobre probabilidades. Aliás, como somos ruins para lidar com probabilidades! Nos preocupamos com a soja transgênica ou com a doença exótica na África enquanto continuamos fumando, o que representa um risco muito maior!
Deveria existir uma matéria no ensino básico, tratando das probabilidades, ensinando as crianças a calcular que impacto essas estatísticas podem ter em suas vidas, tornado-as imunes ao desbunde estatístico da mídia.
Mas não. Parece que gostamos de não aprender com o passado. Quer ver? Volte vinte anos atrás e me diga qual a probabilidade de uma sexóloga da TV tornar-se prefeita de São Paulo? Ou um ex-retirante nordestino, operário, com um discurso raivoso, sem experiência administrativa, assumir a presidência da república? Pois é...
Na próxima vez que você ouvir esse papo de estatística e probabilidades, use os números: conte até dez. E só então tome suas decisões. E lembre-se: discursos pessimistas sempre parecem mais inteligentes que os otimistas. E talvez sejam.
Mais ou menos zero vírgula nada por cento...
27 março 2005
HiFi ++
Seguindo o 'plano de viagem' comecei a ler a versão original de "High Fidelity" do Nick Hornby. Que coisa mais jóia. Tão legal quanto o filme estrelado por John Cusack, Zeta e Lisa Bonet. E mais engraçado ainda! Segue adaptação livre d'um trecho:
"Eu sou, se é que posso colocar assim, um amontoado de coisas comuns compactadas numa única figura. Existem milhões como eu. Ou não. Acho que não. Muitos tem um afinado gosto musical mas eles não gostam de ler. Outros tantos lêem, mas eles são gordos. Há aqueles simpáticos ao feminismo mas eles normalmente usam barbas ridículas. Há aqueles com o senso de humor do Woody Allen, mas eles se parecem com o Woody Allen!! Muitos bebem pra caramba, outros tantos viram bestas quando estão dirigindo. Tem aqueles que gostam de brigar e outros que gostam de se exibir ou tomar drogas. Eu não faço nada disso. Se as mulheres prestam atenção em mim não é por causa de minhas virtudes e sim pelas sombras que não tenho."
Nick abusa das listas em "High Fidelity": Melhores filmes; Melhores livros. E, principalmente, discos e músicas. Logo no comecinho ele cita as top 5 para corações partidos. Bom. Peguei a trilha original, juntei as diversas citações e listas do livro e montei um trilha extendida. O HiFi ++:
01. Only Love can break your Heart - Neil Young
02. Call Me - Aretha Franklin
03. I Don't Want to Talk About It - Everything but the Girl
04. When Love Breaks Down - Prefab Sprout
05. She's Gone - Tavares
06. The Whole Point of no Return - Style Council
07. I'm Wrong About Everything - John Wesley Harding
08. Ain't no Sunshine when She's Gone - Elvis Costello
09. One Love - Bob Marley
10. Many Rivers to Cross - Jimmy Cliff
11. Let's Get it On - Jack Black
12. Holding Back the Years - Simply Red
13. My Way to You - Lloyd Cole
14. Fallen for You - Sheila Nichols
15. You're the Best Thing that ever Happened to Me - Gladys Knight & the Pips
16. How Men Are - Aztec Camera
17. Advice for the Young @ Heart - Tears 4 Fears
18. Caramel - Suzanne Vega
19. The Blower's Daughter - Damien Rice
20. She - Elvis Costello
21. Oh! Sweet Nuthin! - Velvet Underground
Mixando direitinho (de preferência no 'Get it on CD'), dá 1h19m. Ou seja, quase uma hora e meia da maior dor de cotovelo. É tão triste, dramático e pesado que acaba ficando engraçado. Dei uma de enxerido (pra variar) e coloquei algumas músicas não citadas. Particularmente das trilhas de 'Notting Hill' e 'Closer'. Mantém o clima e a localização (Londres e arredores).
Advertência: não ouça tal sequência se vc estiver meio down. Pode te dar umas idéias malucas.
Pronto... agora vou curtir um Dread Zeppelin pra desintoxicar...
24 março 2005
Language. Sex. Violence. Other?
O Nerson anunciou. O AllMusic já comentou:
Stereophonics frontman Kelly Jones roars "Cuz all I wanna do/Is make a mess outta you" on "Doorman," one of many white-hot blowouts from the band's fifth album, Language. Sex. Violence. Other? The album title borrows from the classification code used on the backs of DVDs, and its blunt display instantly pulls listeners toward Stereophonics' nonchalant chutzpah. Jones and bassist Richard Jones have never sounded more brash. The punk-inspired spark that made their 1997 debut, Word Gets Around, so impressive is rekindled. This 11-song set, which features quick and curt one-word song titles, is matched with sex appeal and an unshakable confidence. Argentinean-born Javier Weyler, who replaced founding drummer Stuart Cable in 2004, is a great fit with Stereophonics' wicked yet sensitive personality. Songs such as the smoldering bass funk of "Brother," the crunchy drop-kick of "Girl," and the glossy guitar hooks of "Dakota" find Stereophonics' second coming to be a convincing one. Jones' signature vocal grit saunters around the bravado of "Superman" and slow wax of "Pedalpusher" particularly well. This is the studio record they've been dying to make. While their previous four albums all showcased great moments, Stereophonics never fully realized their full-throttled power until Language. Sex. Violence. Other? Previous singles like "Madame Helga" and "The Bartender and the Thief" were mere glimpses into what this Welsh rock threesome could do if they just built upon their thick, merciless riffs and Jones' rough-edged vocals. Language. Sex. Violence. Other? is such an intense studio record. Stereophonics could not have nailed it any better.
Depois de amanhã eu falo o q achei do (provável) disco do ano.
23 março 2005
Blade Runner :: Comentário #001
Gosto de acreditar que o termo "cult movie" não existia antes de Blade Runner. Engraçado é que nenhum outro "cult", tipo a saga blockbuster "Senhor dos Anéis", conseguiu reproduzir a paixão e a fidelidade dos fãs do filme de Ridley Scott. 2019: Off World, por exemplo, é uma "biblioteca" Blade Runner que tá na web desde 1992!! (Vai lá e bota reparo no design jurássico do site).
"Blade Runner fully and richly deserves its reputation. It is simply one of the most extraordinary films ever made."
- BBC Online
O que explica tamanha (e justa) fama? Bom, como planejei ontem, tenho outros 99 posts para tentar explicar.
=======================
ps (válido até hoje, qua, 23/mar/2005): Rola só hoje, no Vivo Open Air, 'Alien', 2o filme da carreira de Ridley Scott. Três anos depois ele lançaria 'Blade Runner'. O 'arquiteto' Ridley comprovava então que era carudo mesmo.
22 março 2005
18 março 2005
Scratch #011
Coisas do Ceará
Depois dos problemas ocorridos na Ásia, o Governo Brasileiro resolveu
instalar um medidor de abalos, que cobre todo o país.
O Centro Sísmico Nacional enviou à polícia da cidade de Icó, no Ceará,
uma mensagem que dizia: "Possível movimento sísmico na zona. Ponto.
Muito perigoso, superior Richter 7. Ponto. Epicentro a 3 km da cidade.
Ponto. Tomem medidas. Ponto. Informem resultados com urgência. Ponto."
Só depois de uma semana, foi recebido no Centro Sísmico Nacional um
telegrama que dizia:
"Aqui é da Polícia de Icó. Ponto. Movimento sísmico totalmente
desarticulado. Ponto. O tal Ritchter tentou se evadir, mas foi abatido a
tiros. Ponto. Desativamos as zonas. Ponto. As putas tão todas presas.
Ponto. Epicentro, Epifânio e outros três cabra detidos. Ponto. Não
respondemos antes porque houve um terremoto da porra aqui. Ponto."
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Valeu Vitão!
17 março 2005
D'Bate Papo Possível
Cazuza: Acho que o poeta é um insatisfeito. Então a noite, a vida noturna, a vida boemia, da farra, são geralmente frequentadas por pessoas insatisfeitas... Acho que é a própria insatisfação do artista que o leva a ter uma vida desregrada... Você diz que eu sou poeta, mas eu me considero um letrista, gosto de falar que sou letrista, porque eu acho que tem uma distância entre poesia e música popular...
Renato: Sempre gostei de música como forma de expressão. Os românticos de antigamente como Casimiro de Abreu, escreviam poesias quando tinham 20 anos. Depois, no início do século XX, vieram os pintores e escultores na Semana de Arte Moderna. Teve o pessoal que fazia teatro coletivo na década de 60 aqui no Brasil. Pra gente, o rock foi o caminho ideal. É mais fácil compor uma canção e cantar do que escrever um livro. Qual a outra alternativa? Fazer um vídeo? Isso é outra área, outra geração. Como sou muito verbal, nenhuma outra forma iria traduzir o que eu queria dizer.
Cazuza: O rock já não é uma coisa da qual se possa debochar... A gente está com uma força de palavras, as pessoas estão ouvindo o que você fala, o que o Lobão fala... Por mais que cada um tenha caminhos loucos, eles estão falando. Somos uma geração muito mal informada - não tivemos participação política alguma; estamos chegando aos tropeções. A gente nunca teve ideologia...
Renato: É, eu não percebo como sendo político, para mim é a minha vida. Se a gente falava dessas coisas é porque estavam acontecendo com a gente. Eu só consigo falar do que sinto e do que vejo, não tenho muita capacidade para inventar. E sempre a partir do Renato Russo. Detesto ficar falando Renato Russo... é tão chato...
Cazuza: Eu tenho um lado que leva as coisas muito a sério. Eu pareço ser uma pessoa que não leva nada a sério! E o que me salva na minha vida é que eu não consigo levar esse meu lado sério tão a sério.
Renato: Eu não sei. Renato Russo é um personagem, né? Ele que pense alguma coisa sobre o assunto... Estou brincando. Minha vida continua normal e eu não me considero ainda um grande letrista. Tenho muito que escrever ainda, mas eu gosto que as pessoas pensem assim. Agora, no próximo disco vão pintar coisas bem simples, tipo... "baby, baby eu te amo", e aí muita gente vai pensar que Renato Russo acabou e coisas afins. Eu não me preocupo com essas coisas de ego, e sim em fazer com que a pessoas entendam coisas que sejam reflexos do que eu e a banda pensamos e sentimos. Até o LP Dois eu sentia o mundo muito confuso, por isso saíam letras complexas. Agora eu estou sentindo emoções bem simples básicas, tipo "eu gosto de você e pronto", sem nada de " ... linho nobre pura seda" ou de " ... rabisquei meu horizonte". Mas isso é o que estou pensando nesse momento. Daqui a 15 minutos eu posso mudar de opinião.
Cazuza: O que passo para as pessoas é muito mais do meu trabalho do que das coisas que faço fora dele. É claro que existe todo um folclore em torno do meu nome. Tudo quanto é matéria relacionada a bar, por exemplo, tem que ter o meu nome, por que sou realmente um frequentador da noite. Mas o que fica mesmo pras pessoas que consomem meu trabalho é a mensagem romântica que está no que escrevo. O meu trabalho tem muito essa coisa de cutucar a dor de amor. É o lado meio dark do amor que as pessoas curtem em mim.
Renato: Eu gostaria que a coisa mais importante fosse aquilo que as pessoas escrevem nas cartas para a gente: "Vocês são legais porque são que nem a gente." Bom, eu acho que isso é uma romantização... essa é a imagem do Legião, mas as pessoas percebem que nós somos quatro amigos que fazem música. Não mudou nada. Até hoje eu não sei tocar direito... A gente é super não profissional, é amador no bom sentido, de quem ama o que faz. O importante é isso, mas as pessoas ficam em cima - Rolling Stones/Mick Jagger, RPM/Paulo Ricardo... e não é Legião/Renato Russo. É Legião. Só que eu falo mais - eu sou muito ambicioso -, dou sempre um jeito de falar a coisa certa na hora exata. As letras só tentam provar que alguma coisa é possível... mas as letras são feitas em cima do que os quatro vivem. Quando a gente começou era assim: vamos fazer uma banda? Vamos. Então decidia o nome, as turnês, mas nem sabia tocar.. Mas é isso, quem mais sonha é quem mais faz, eu acredito muito nisso, e também que quem espera sempre alcança. Eu vivo dizendo isso, são as máximas de Renato Russo... Era divertido, é divertido, se não forfun, não tem graça nenhuma. Ultimamente, estava ficando meio pesado, daí eu dei uma parada para ficar divertido de novo. Eu diria que é o seguinte: embora as letras sejam importantes, elas são um meio e não um fim.
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O papo aí é fictício. Uma colagem de entrevistas que surrupiei daqui e daqui. Mas ontem eu vi os caras... num boteco dos Jardins:
Não vale perguntar o q foi q eu bebi...
Scratch #010
"Footsteps"
Don't even think about reaching me. I won't be home.
Don't even think about stopping by. Don't think of me at all.
I did a what I had to do. If there was a reason, it was you.
Aaah, don't even think about getting inside. Voices in my head. Ooh, voices.
I got scratches all over my arms. One for each day since I fell apart.
I did, oh, what I had to do. If there was a reason it was you.
Footsteps in the hall... It was you, you.
Oh, pictures on my chest... It was you. It was you...
I did a what I had to do. Oh, and if there was a reason... Oh, there wasn't no reason. no.
And if there's something you'd like to do. Oh, just let me continue to blame you.
A footsteps in the hall... It was you, you.
Oh, pictures on my chest... It was you, you. Oh
by Pearl Jam (Lost Dogs)
16 março 2005
2005 Começou
Colaboração do Nelson Ponce, por e-mail:
Interessante ouvir a opinao do publico....
http://rateyourmusic.com/albums_by_year
Olhem so os que ja estao sendo lancados agora no começo de 2005:
Ryan Adams, Beck, Frank Black, New Order, Doves, Eels, Flaming Lips, Ben Folds, Garbage, Gorillaz, Mercury Rev, Oasis, Ocean Colour Scene, Queens of the Stone Age, Gorillaz, Spoon, Stereophonics, Teenage Fanclub, Weezer, Mogwai
e ainda estao previstos:
audioslave, kate bush, coldplay, the coral, billy corgan, elbow, foo fighters, franz ferdinand, jamiroquai, madonna, red hot chili peppers, the rolling stones, scissor sisters, sigur ros, snow patrol, the strokes, supergrass, white stripes, the who, yeah yeah yeahs
Acho que nao vou mais ter que ficar ouvindo Menina Veneno e Pelo Interfone.
[]´s
ps do pv: Stereophonics, Oasis, Audioslave, Red Hot, Coldplay, QOSA e Doves!?! Já vale o ano. Agora, o Nelson não muda mesmo: Strokes, Madonna, White Stripes... uf!... Franz Ferdinand!?!?!?! PQP!!!!
Scratch #009
Physical Graffiti
Saca a capa do discaço do Led de 1975? Pois bem, taí o prédio original, o 'Physical Graffiti Building' em NYC.
ps: Apesar do Zacha jurar de pé junto que o 'Physical' original encontra-se a uma quadra da praia do Flamengo, no Rio.
15 março 2005
ONE
O que conseguiria reunir Bono Vox, Eddie Vedder, John Cusack, Brad Pitt, Dave Matthews, Michael Stipe e Claudia Schiffer, dentre vários outros? Já pode ter acontecido num desfile de moda, na entrega do Oscar ou do Grammy. Talvez num grande festival de rock. Mas agora o catalisador é outro: ONE.
Trata-se de uma campanha para que os EUA doem 1% de seu orçamento. Algo em torno de US$ 25 bilhões. $$ suficiente para:
.Prevenir que 10 milhões de crianças percam seus pais por causa da AIDS;
.Colocar 104 milhões de crianças na escola;
.Prover água para cerca de 900 milhões de pessoas;
.Evitar que 6,5 milhões de crianças morram antes de completar 5 anos por causa de doenças que podem ser evitadas com baratas campanhas de vacinação e... água.
1%
Creative Commons Is Rewriting Rules of Copyright
A manchete é do Washington Post de hoje. Saca só um trecho do artigo de Ariana Eunjung Cha:
When Chuck D and the Fine Arts Militia released their latest single, "No Meaning No," several months ago, they didn't try to stop people from circulating free copies on the Internet. They encouraged it.
They posted the entire 3-minute, 12-second song and its various vocal, drum and guitar components online and invited everyone to view, copy, mix, remix, sample, imitate, parody and even criticize it.
The result has been the creation of a flood of derivative work ranging from classical twists on the hip-hop piece to video interpretations of the song. The musicians reveled in the instant fan base. They were so pleased that they recently decided to publish their next entire album, due later this spring, the same way, becoming the first major artists to do so.
"No Meaning No" was released under an innovative new licensing scheme called Creative Commons that some say may be better suited to the electronic age than the hands-off mind-set that has made copyright such a bad word among the digerati.
So far, more than 10 million other creations -- ranging from the movie "Outfoxed" and songs by the Beastie Boys to the British Broadcasting Corp.'s news footage and the tech support books published under the O'Reilly label -- have been distributed using these licenses. The idea has even won the support of Hilary Rosen, formerly of the Recording Industry Association of America, and Jack Valenti, the past head of the Motion Picture Association of America, who became known for their aggressive pursuit of people who share free, unauthorized copies via the Internet.
Interest in Creative Commons licenses comes as artists, authors and traditional media companies begin to warm to the idea of the Internet as friend instead of foe and race to capitalize on technologies such as file-sharing and digital copying.
Hoje já escrevi em algum outro lugar sobre o "óbvio". Hilary Rosen e Jack Valenti já o perceberam. A conversão da Hilary foi legal. Ocorreu durante um debate com "Lorenço" Lessig. É sério: trata-se do único debate que conheço em que um lado reconhece publicamente, durante o debate, que o outro venceu.
"Lorenço" é citado na matéria. Didático como sempre:
Lessig argues that the current system of copyright laws provides little flexibility -- either you give up all permissions for use of your work or you withhold everything. He proposed a solution: a set of copyright licenses that would allow artists to choose to keep "some rights reserved" rather than "all rights reserved."
They could, for instance, choose to allow their works to be enjoyed and copied by others for any purpose, restrict such activity to non-commercial use or allow use of portions of the work rather than all of it. To that end, Lessig co-founded the nonprofit Creative Commons, whose aim, as he describes it, is to "help artists and authors give others the freedom to build upon their creativity -- without calling a lawyer first."
Artigo completo aqui.
Scratch #008
"Yo escuchaba chapotear en el barco
los pies descalzos
y presentía los rostros anochecidos de hambre.
Mi corazón fue um péndolo entra ella y la calle.
Yo no sé con qué fuerza me libré de sus ojos
me zafé de sus brazos.
Ella quedó nublando de lágrimas su angustia
tras de la lluvia y el cristal
pero incapaz de gritarme: !Espérame,
yo me marcho contigo!"
Poema de Otero Silva, citado por Che Guevara em "De Moto pela América do Sul".
Tradução:
"Eu escutava passos no barco
os pés descalços
e pressentia os rostos anoitecidos de fome.
Meu coração era um pêndulo entre ela e a rua.
Eu não sei com que forças me livrei de seus olhos
me libertei de seus braços.
Ela ficou, nublando de lágrimas sua angústia
atrás da chuva e do cristal
porém incapaz de gritar: Espera-me,
eu vou contigo!"
14 março 2005
Scratch #007
"The Earth is an Indian thing."
"Everything belongs to me because I am poor."
Jack Kerouac (Pé na Estrada)
ps: Taí o manuscrito original de 'Pé na Estrada'... pode?
11 março 2005
Ariela Mazé
Aconteceu de tudo. Ariela Mazé matou Benjamim. Ambos são criaturas de Chico, flagrado com uma mulher casada, 'n' anos mais nova. Assim como Ariela Mazé é muito mais nova que o cansado Benjamim. Acontece de tudo. Ainda mais nas histórias do Chico, que vive criando estórias dentro de histórias. Acontece de tudo.
"Te vejo sumir por aí
Te avisei que a cidade era um vão
Dá tua mão, Olha pra mim
Não faz assim, não vai lá não"
De qual lado das vitrines você prefere ficar? Qual lado sofre menos? Qual lado ri mais? Acontece de tudo do lado de cá. Mas acho que estou do lado de lá para outro alguém. Queria saber o que acontece do lado de lá. Aqui acontece de tudo!
"Os letreiros a te colorir
Embaraçam a minha visão
Eu te vi suspirar de aflição
E sair da sessão frouxa de rir"
Ariela matou Benjamim. E chorou. Acho que ela não tinha opção. Chico tinha e abriu mão. Mas eis que Benjamim, escondendo o rosto por trás da camisa, diz ser o melhor momento de sua vida! Benjamim está realmente feliz. Só não explica. Nem aos algozes. Nem pra gente. Ariela era nova. Mas era também a releitura d'uma velha paixão. A razão da tristeza do Benjamim pré-Ariela.
"Já te vejo brincando gostando de ser
Tua sombra se multiplicar
Nos teus olhos também posso ver
As vitrines te vendo passar
Na galeria, cada clarão
É como um dia depois de outro dia
Abrindo o salão
Passas em exposição
Passas sem ver teu vigia
Catando a poesia
Que entornas no chão"
Aconteceu de tudo. E de repente Benjamim encarnou o Vigia da música. E Ariela passeia em galerias. Entornando poesias. Ariela Mazé. Que nome! Se fosse eu o criador talvez tivesse uma explicação. Pr'aquela moça nova, bonita, de sorriso inteligente. Mas não. A culpa é do Chico. Que deve estar mais preocupado com outra moça nova. Acho que ele já esqueceu a Ariela.
Eu não.
O Teste do Ácido do Refresco Elétrico
Acabaram de (re)lançar "Radical Chic", do Tom Wolfe. O livro mais famoso do cara é "Fogueira das Vaidades", que virou um filmizinho meio ridículo com o Tom Hanks. Aí me lembrei do "Teste do Ácido do Refresco Elétrico", do início da carreira do cara.
ps: Quem é o FDP que pegou o meu emprestado há uns 4 anos e não devolveu até hoje?!?!?!
Hehe... trata-se de uma história verídica. Ken Kesey, então famoso escritor (Estranho no Ninho), despirocou: Comprou um ônibus e cruzou os EUA de costa a costa fazendo muita festa, orgias e distribuindo refrescos de laranja vitaminados com 'doce' (gíria tupiniquim pra LSD). Tom participou de boa parte da viagem. Sua narração é pura, direta. Em alguns pontos parece até romântica. Os testes rolaram antes de Woodstock. Dá pra dizer que a viagem é um dos 'gatilhos' que deu origem à geração 'hippie'. E foi impulsionada, de certa forma, pela geração doida imediatamente anterior: os beatniks.
A mais apaixonante história beat publicada antes do "Teste" é, sem dúvida, "Pé na Estrada" de Jack Kerouac. Aqui tem uma curiosidade engraçadíssima que entrelaça os dois livros. Em ambos aparece um personagem apaixonante: Neal Cassady. O cara estava em todas! E todos pareciam adorá-lo, principalmente Kerouac. De certa forma ele influenciou bastante os beatniks e a cambada que veio depois. Só que o cara parecia não ter talento nenhum! Nunca escreveu um livro, uma música, nada! Mas ele não só é quase protagonista dos dois livros, mas aparece também em poema do Allen Ginsberg. Um fenômeno: esquisito, hiper-ativo, amável e antenado. Um 'reconhecedor de padrões' numa época mais doida que a atual.
Enquanto a trilha sonora de "Pé na Estrada" é puro Jazz - Charlie Parker, principalmente - "Teste" é testemunha da libertação definitiva do Rock'n'Roll. Presenciou o famoso show dos Stones em San Francisco, o nascimento do Greateful Dead e daquele estilo que ficou conhecido como 'rock psicodélico'. O momento de maior tensão do "Teste" é um encontro dos doidos do Kesey com os Hell's Angels. Fantástico.
Relembrando todo o período (40's - 60's), os grandes caras e as obras inesquecíveis que ali brotaram bate uma nostalgia estranha. Incomoda mais ainda a quase-certeza de que eles foram mais felizes, criativos e livres. Imagina tal super-geração com todo o ferramental de alta-tecnologia que temos hoje! O que eles estariam fazendo?
Crazy Trip! Ia falar do Tom Wolfe, falei d'um monte de gente menos dele... rs
09 março 2005
Blog Jurássico
Recebo a tirinha Non Sequitur no MyYahoo. Aqui no Brasil, salvo engano, ela ainda é publicada no Globo. Numa das últimas tiras, Danae pede algo para seu pai, assim que ele acabar o "download do blog de dinossauro (ou jurássico)." Bem legal:
Tirinha completa tá aqui.
07 março 2005
Weirdo!
A mídia adora propagar as esquisitices de M.Jackson. Acaba perdendo (principalmente aqui no Brasil) a chance de acompanhar outro pop-star tão esquisito quanto: Axl Rose. Tá certo, parece que ele não é chegado em criancinhas e coisas do tipo. Mas é um doido varrido. Parece burguesinho mimado demais, pirado demais em busca de uma perfeição que ele, nem com toda a grana do mundo, vai atingir.
Axl está desde 94 produzindo o tal "novo" disco do Guns 'n' Roses. Desde 94!!! Já torrou mais de US$13 milhões da Geffen (já é o disco mais caro da história). Dizem alguns que ele quer fazer o melhor disco de todos os tempos... tsc tsc...
Com epopéias como aquelas do megalomaníaco 'Illusion'?? Com babas como 'Don't Cry' e afins. Credo!
Outros Olhos e Armadilhas
Na Veja desta semana a Lya Luft detona Closer (Perto Demais):
"Perto Demais trata de desencontro e solidão. De incomunicabilidade. De futilidade, de não-entrega. O que menos se aborda ali é amor. Nada vi de diferenças marcantes entre masculino e feminino: ao contrário, todo mundo está com alguém, mas de olho no outro, e tanto faz qual o sexo de quem; saboreando um, espreita o vizinho. Perto Demais retrata, entre muitos, um aspecto marcante do nosso tempo: a superficialidade e o hedonismo burro com que tantas vezes nos desperdiçamos."
Fiquei chocado. Será que eu assisti a um filme totalmente diferente? Qual é o "nosso tempo" da Lya? Para não fazer novamente o papel do eterno 'do contra', fui buscar o contra-ponto em outras paradas. Mais precisamente no blog Cinéfilos (que por sinal é excelente):
"Na volta do cinema, não sei se não quis ou não consegui ligar o som do carro. Verdade que vinha preocupado com uma possível multa no trânsito, mas pensava mais em o que escrever aqui. Closer é abrangente demais, complexo demais pra se falar em poucas linhas. Ontem mesmo havia escrito quarenta linhas e não tinha escrito suficiente, resultado: apaguei tudo. Resolvi não tentar explicar, e deixar a cargo de vocês as conclusões desse ótimo filme. Closer é uma nudez da natureza humana, especificamente no ramo dos relacionamentos. Composto de apenas quatro personagens, e somente neles e seus ótimos diálogos. As câmeras basicamente focavam seus rostos e expressões. Anna (Julia) é insegura e facilmente manipulada, Dan (Jude) se acha certinho, mas é um sacana como todos nós somos. Alice (Natalie) é, pra mim, a mais interessante personagem, que apesar de ser meio menina, em determinados momentos dar uma bela lição, Larry (Clive) é um bruto, bem grosseiro e asqueroso, mas no fim das contas é o que mais aprende e acaba manipulando melhor a situação. Podemos presumir que vendo de “Perto Demais” ninguém é uma boa pessoa. Dotados de uma sinceridade quase irreal, os personagens destilam suas flechas envenenadas no seu desafeto, achando que estão impunes por simplesmente estão falando a verdade. Desde Brilho Eterno um filme não mexe tanto assim comigo. Excelente."
Não sei quem é o "Jedi" que escreveu tal comentário. Mas ele viu o mesmo filme que eu. Reagiu igual. Equalizou (Brilho Eterno..) melhor ainda.
Lya, que parece ser tão badalada por seus estudos da 'humanidade', tem olhos diferentes. Ou será que minha geração é rasteira e "hedonista burra" assim? Será que as armadilhas daquela trama que nos soaram tão pesadas é leve assim? Superficial? Acho que não entendi nada... Mas entre o filme e um livro da Lya fico com o primeiro. (Não tenho estômago nem 'estofo intelectual' para nada mais 'pesado'. E prefiro continuar me 'desperdiçando' com algo que converse e discuta comigo).
05 março 2005
Blow Your Brains Out
Saca só a seção de metais, guitarras, batera funkeada e scratchs para o finzinho da tarde de sábado, início da noite:
Sphynx :: Brand New Heavies
Bang :: Brand New Heavies
O-Fa-Fu :: Brand New Heavies
Blow your brains out :: Brooklyn Funk Essentials
Brooklyn Recicles :: Brooklyn Funk Essentials
Sunburn :: Incognito
Another Time, Another Space :: Citrus Sun
Tanya's Song :: Citrus Sun
Make me Smile :: Citrus Sun
Surgical Spirit :: East West Connection
Keep on Keepin' on :: Down to the Bones
Bridgeport Boogie :: Down to the Bones
Downtown Shuffle :: Down to the Bones
The New Groove :: Charles E. Jones
Glow Worms :: Chroma Oscura
Slow Blow :: Street Corner Symphony
Taí, Acid-Jazz-Dirty-Funk totalmente instrumental. Duca!
78m30s, cabe legal num CD.
04 março 2005
Scratch #004
Réquiem do Pequeno
te falta o gesto largo, a ébria poesia
TE SOBRA A PEQUENEZA, AS PEQUENAS CERTEZAS
como agenor dizia
A VIDA NÃO TE INTOXICA ENQUANTO CONTAS TROCADOS
não vês o anzol e a linha da vida que passa ao teu lado
TE FALTA SUBIR AO MAIS ALTO,
TE FALTA DESCER AO MAIS BAIXO
te sobra a maldita prudência, alegrias compradas a prazo
AO INVÉS DE VIVER, SOBREVIVES, SACRIFICAS O ESSENCIAL
não choras de dor em finados, não gritas de amor carnaval
COMETES ENTÃO, QUE SURPRESA! O SACRILÉGIO FINAL
não vês a fugaz e humana beleza e sonhas em ser imortal
Letra e Música: Herbert Vianna
Disco: Severino (Paralamas do Sucesso)
Ano: 1994
03 março 2005
02 março 2005
Scratch #002
"Se eu gosto de poesia? Gosto de gente, bichos, plantas, lugares, chocolate, vinho, papos amenos, amizade, amor. Acho que a poesia está contida nisso tudo."
- Carlos Drummond de Andrade
01 março 2005
Internet Music Without the Guilt
Há 2 semanas apresentei a "gravadora" Magnatune. Trata-se da primeira iniciativa de porte relativo com o 'copyright' do século XXI, ou seja, Creative Commons. É, vc pode baixar e escutar os sons sem medo de ser preso!
E o catálogo deles já conta com centenas de artistas e grupos. Pois bem, sobrou um tempinho pra dar uma escarafunchada naquele tantão de músicas. E como tem coisa boa! E para todos os gostos.
Para uns caras tipo Nelson "What's Next" Ponce, tem a excelente banda 'Very Large Array' (banda de nerd?). Lembra muito brit-pop, mas os caras são do Wisconsin. E sabem tocar guitarra!! Saca só a excelente "Psychedelic Baby".
Jade Leary é um multi-instrumentista de Montreal. Faz um rock progressivo classudo. "My Buddha Gun" mostra bem qual é a do cara.
Karas como o Fábio "R.Martin" Towerson vão gostar do som do Atomic Opera. Deu pra sacar qual é a deles pelo nome (por sinal, horrível)? Se não, curte aí "Rain Parade".
Agora, se seu negócio é só um blues básico a grande pedida do catálogo é a hilária Burnshee Thornside. "Happy Blues" parece composição do Vitão. Prepare-se para engasgar de tanto rir com a letra de blues mais original de todos os tempos.
Quem curte um som instrumental e jazz vai gostar do violão do Jeff Wahl. Os moderninhos podem preferir a versão pop de Martin, Medenski e Wood, um trio de Houston (!) chamado Drop Trio.
Do clássico ao death-metal (melódico!?!?! rs). De Enia ao Slayer. Realmente é um catálogo muito eclético mas muito legal. Todas as músicas estão disponíveis em formato MP3 (128kbps, ou seja, boa qualidade). Quem compra os CDs recebe vários outras formatos, com qualidade superior de som. Taí a primeira gravadora dos novos tempos. Começou bem pra xuxu.
Scratch #001
Ugarte (Peter Lorre): You despise me, don't you?
Rick (Humphrey Bogart): If I gave you any thought I probably would.
Diálogo de "Casablanca".
Scratchs
O Graffiti tem lá o seu Graffiare que, do italiano, pode significar "arranhar". Uso a sequência para apresentar frases e, principalmente, provocações. Pois bem, agora o BlueNoir também vai ganhar sua seção de citações, a "Scratch". Devo usar basicamente trechos de músicas, livros e filmes. Quem sabe algumas imagens e sons e não só 'palavras escritas'. De vez em quando alguns palavrões. Se der, um dia, cheiros e gostos. Receitas? Pq não?