31 agosto 2004

One of THOSE days

Em 03/Jun bloguei sobre o lançamento do novo disco do Marillion, Marbles.



De lá prá cá já ouvi o disco umas 20 vezes. Neste último final de semana toquei uma maratona "coletânea" (mania que tenho já há uns 20 anos!). Resultou em 6 CD's, do "Script.." até "Marbles".

Foi assim, revendo o conjunto da obra, que caiu de vez a ficha da força de Marbles. O slogan 'discover the lost art' faz todo o sentido do mundo. É o disco mais "progressivo" do Marillion. E, ao contrário da matriz 'Genesis' da fase progressiva com Fish, a influência agora é, nitidamente o Pink Floyd.

Mas não é uma releitura forçada ou oportunista. O Marillion navega em tudo. Mas parecia estar devendo essa. Pronto, não tá mais. Ando ouvindo muito neo-prog ultimamente. Nada, nenhum chega perto de Marbles. Tente um trechinho de 'Drilling Holes' ou 'Ocean Cloud' (não disponível na vs comercial que aportou por aqui - tem quase 20min, hehe) no Marillion.com

Ouvi dizer que a vs dupla, na íntegra, tá no eDonkey (Overnet). Ouvi dizer é crime?

Prá encerrar. Saca só a letra de Drilling Holes (do Hogarth):

Drilling Holes
Lyrics: Hogarth
Music: Hogarth/Kelly/Mosley/Rothery/Trewavas


A man came to drill holes in the afternoon
And by the evening
Most of the afternoon had gone

I seem to have slept through the morning
But in the afternoon
A morning is yet to come

A girl came to help out in the kitchen
And by the evening
We found we were all washed up

We ate on the lawn
With the insects
We burned incense
Most of the band turned up

It was just one of those days
When the mind strays
One of those days
When everyone plays
One of those days
When everyone stays
And all of the dreaming goes on

A woman arrived in a panic
With a picnic
Better to give than receive

A man came to pick holes in the logic
He wore plastic
And shoes you would hardly believe

The evening arrived
Slightly early like a pygmy
Chewing the wrong kind of leaves

We ordered extra tea
Listened to XTC
Under a shady tree
Went back to bed at three
It was cool
As can be
(two sugars for me..)

It was just one of those days
When the mind strays
When everyone plays
One of those days
When everyone stays
And all of the dreaming goes on
One of THOSE days.

(ouvindo XTC?!?)

Sci-Fi - Listas e Listas

A Wired tbém mantém uma lista dos melhores filmes de ficção científica de todos os tempos. Saca só:

1. Blade Runner
2. Gattaca
3. The Matrix
4. 2001: A Space Odyssey
5. Brazil
6. A Clockwork Orange
7. Alien
8. The Boys From Brazil
9. Jurassic Park
10. Star Wars
11. The Road Warrior
12. Tron
13. The Terminator
14. Sleeper
15. Soylent Green
16. RoboCop
17. Planet Of The Apes
18. The Day The Earth Stood Still
19. Akira
20. Barbarella


Concordo com os 7 primeiros (uau! concordei com alguma coisa!!).
Gattaca foi muito injustiçado, pela bilheteria e pelos cientistas ouvidos pelo Guardian. Mas sobre ele eu falo outra hora.

Minority Report (apesar dos pesares), merece um lugarzinho ali. Assim como Vanilla Sky...

Ficção realmente Científica

Ainda sobre a "premiação" do The Guardian, comentada abaixo.

Quem escolheu Blade Runner como o melhor filme sci-fi de todos os tempos foi um grupo de 60 cientistas!! É curioso, pq Matrix e, principalmente Minority Report foram 'desenhados' por cientistas. Todas as "inovações" que aparecem no Minority foram debatidas por um time de cientistas contratado especialmente pelo Spielberg. Pena que Spielberg pisou na bola, aceitando um roteiro que muda a história original do Philip K. Dick. Imperdoável!

Matrix vale pelo 1o filme e por todo o debate que provocou. Nunca vi um filme ser tão debatido. E mais, num fórum heterogêneo pacas!

Mas Blade Runner é realmente difícil de bater. E nem falo pelo visual surpreendente (se ainda o é, imagine em 82!), pela direção firme, atores, ...

Falo (e creio que foi a motivação dos votos dos cientistas) pelas inovações que ele apresenta: fotografia digital?, casa inteligente?, uso da íris para identificação?, ENGENHARIA GENÉTICA!!!... Tudo no mesmo? Em 82???

O "andróides" do título brasileiro leva todo mundo a pensar em "robôs". Roy, Rachael, Pris, Deckard (ops!!) ... são resultado de engenharia genética. Doidona, num modelo econômico (de negócios) assustadoramente peculiar. (A "fabricação" dos olhos, por exemplo, é terceirizada com um China!!!).

Ah, o livro original é de 1968!! Acho que tão bom quando K.Dick só Júlio Verne mesmo.
Prá conhecer um pouco mais esse universo visite o BRMovie (uma enciclopédia sobre Blade Runner, literalmente).

30 agosto 2004

Cotidiano

Tem uns 2 anos e pedrinha que o Guyz (brô caçula) edita o melhor pior jornal/coluna de Vga: Cotidiano. Aí falei pr'ele virtualizá o troço. Lógico que tive que dar um cursinho de Bloggagem pr'ele... via IM! Aí nasceu o Cotidiano na web.

Como o cara é jornalista formado, dublê de designer, corretor orto-gramatical de plantão (tks!) e artista nas horas vagas (músico nas horas meio vagas e PS2-addicted nas horas feitas prá dormir), creio que será um lugarzinho legal prá visitar de quando em vez. Porisso ele vai ficar ali no cantinho, junto com outros links (ir)relevantes... hehe... Good luck Guyzzzzzzz.....

Sci-fi de Verdade

Ele foi lançado em 1982. Desde então já tentaram com 'Matrix' (3x), 'Minority Report', 'Red Planet', 'Terminator' (3x), e muitos outros. Mas ninguém pega 'Blade Runner'.

O jornal inglês 'The Guardian' fez uma pesquisa com 60 cientistas. Perguntinha básica: qual o melhor filme de ficção científica de todos os tempos?



O filme se baseou num livro de Philip K. Dick, "Do the Androids dream of Electric Sheep?". Quem já teve o prazer de lê-lo sabe que o filme deu muito trampo. Mérito de Ridley Scott (em seu 3o filme, pós 'Duelists' e 'Alien').

'Blade Runner' criou um padrão. E quebrou vários, principalmente aqueles baseados na obra prima de Stanley Kubrick, '2001' (que, aliás, ficou em 2o lugar no levantamento do Guardian).

A versão do diretor só foi lançada mais de 10 anos depois da original. Foi descoberta por um estudante de cinema que estava 'fuçando' nos arquivos da Warner. Ficou com vontade de matar saudades, pegou a fita e levou um choque. Era um filme bem diferente daquele que ele conhecia. A edição (forçada) da Warner chega ao cúmulo de usar cenas de 'O Iluminado' (Kubrick, de novo!). Mas quem é fã ama ambas e todas as histórias que as cercam.



Visu, música (Vangelis), atores (Harrison Ford, Sean Young, Rutger Hauer, Daryll Hannah), efeitos especiais, roteiro, edição. Trata-se d'um filme perfeito. Único. Inimitável.


ps: Alien, do mesmo Ridley, ficou em 4o lugar. Philip K. Dick ficou em 4o entre os autores líderes. Em 1o deu Asimov... (injustiçado pelo cinema, ao contrário de Dick. Vide "Eu Robô").


ps2: Prá quem quiser acompanhar a lenga-lenga em torno do tão aguardado DVD especial, clique aqui.

28 agosto 2004

De e Sobre o "Peso"

Finalmente consegui ver "21 Gramas"... (ao invés de blogar minha bullshitagem tradicional devia colocar uma foto com minha cara de besta).



Nem vou falar sobre o filme (não hoje). Vou destacar só a linda música que acompanha as letrinhas ("Some Devil", do Dave Matthews) e o poema do Eugenio Montejo citado pelo Sean Pean num momento do filme:

"La tierra giró para acercarnos,
giró sobre sí misma y en nosotros,
hasta juntarnos por fin en este sueño"


Mais sobre o Filme.
O Poema completo.

24 agosto 2004

As Mãos de Page

Jimmy Page, um dos dois melhores guitarristas de todos os tempos (o outro é o outro Jimi), completou 6sentão esse ano, em janeiro. Agora recebe uma homenagem daquelas: é a mão inaugural da Walk of Fame de Londres.



Jimmy escreveu, ao lado de Plant, alguns dos maiores clássicos do rock de todos os tempos. Versátil, tocava zilhões de variações de instrumentos de cordas. Perfeccionista, produziu todos os excepcionais álbuns do Led (só se esquivou do último, que é o menos excepcional deles).

Muitos dizem que ele não fez mais nada 'prestável' depois do Led. Quanta injustiça! O 1o álbum do The Firm é um grande disco. A versão de "You've Lost that Loving Feeling" é duca! E o disco com os caras do Black Crowes é obrigatório! Period.



Tá certo. Ele ficou preguiçoso. Até na Bahia veio morar por uns tempos... Depois de tudo que criou, um eterno 7o dia bem merecido.

23 agosto 2004

Teorias do Naná

Naná Vasconcelos é um cara legal (não é parente). Apesar do som fortemente enraizado na cultura nacional, é um cara distante. A culpa não é dele não. É dos nossos maravilhosos meios de comunicação. Ah, e das gravadoras tb.



Naná tá na Jazz+ desse mês. Entrevista curiosa (a 1a dele que eu leio). O 1o choque vem na primeira pergunta: "Quais suas maiores influências?". Ele, na lata: "Hendrix e Villa-Lobos" (!?!?!?!). E explica: a versatilidade do 1o. A capacidade 'visual' (de fazer músicas 'visuais') do Heitor. Que visão! Nunca tinha pensado assim. Mas é verdade. Basta 'Trenzinho Caipira' prá entender o que o cara tá falando.

Mas aí vem outra declaração daquelas: Miles Davis acabou com o Jazz ?!?!?!?!?!
PQP, q coisa! Ele explica de novo: Quando Miles, um ícone, passou a incorporar elementos da música pop no seu som, acabou deixando todo mundo perdido.

Peraí Naná! Vamos culpar o Miles pela falta de criatividade / originalidade / personalidade de todo mundo que faz Jazz??!?! Q isso? Concordo que gravar "Time after Time" foi (ruim) demais. Mas e daí?

Reality Bites

Tem filme e som que aparece em hora tão boa, né? N'um domingão bem 'urso' (hibernando apesar dos 30 graus), pego 'Reality Bites' (Caindo na Real), na sessão das 9 do Telecine Happy. Putz, o filme é de 94!! E o Ethan já tá com cara de 'acabado', hehe. Winona linda como sempre. Direção do Ben Stiller?!?! O filme é meio diferente mesmo.



Não se encaixa fácil no modelinho 'comédia romântica'. É duro. O personagem do Ethan é pesadão: intelecto-junkie-grunge bem geração X. Esse cara sabe escolher papéis. E é bem ativo (qq dia blogo mais sobre ele). Winona dispensa apresentações. Leva o papel com o pé nas costas e um belo sorriso triste no rosto. Pq a Winona parece estar sempre triste?

Na inevitável sequência 'vídeo-clipe' os caras sacaram um U2 de 89!! "All I Want is You". Ficou legal. Bonita e triste:

You say you want diamonds on a ring of gold
You say you want your story to remain untold.
All the promises we make
From the cradle to the grave
When all I want is you.

You say you'll give me a highway with no-one on it
Treasure, just to look upon it
All the riches in the night.

You say you'll give me eyes in the moon of blindness
A river in a time of dryness
A harbour in the tempest.
All the promises we make, from the cradle to the grave
When all I need is you.

You say you want your love to work out right
To last with me through the night.

You say you want diamonds on a ring of gold
Your story to remain untold
Your love not to grow cold.
All the promises we break, from the cradle to the grave
When all I want is you.

Feedback do Feedback

Devidamente auscutado e apreciado. Trata-se d'uma continuação do post anterior.

Seguinte: é um disco mão-de-vaca. Pô, não dura meia hora!!! Quando vi a lista (com 8 músicas apenas) pensei que os caras iam viajar... extender... improvisar. Que nada! Foram muito fiéis às versões originais (ou versões definitivas. A versão de "Crossroads", por exemplo, é a do Cream e não a original do Robert Johnson).

Mas é um disco muito bom. E na hora que esquenta definitivamente (as 2 últimas faixas), acaba. Que pena.

Finalmente o Alex pôde trabalhar em paz. Com certeza é quem mais se divertiu com o disco. Livre das 'firulas' que caracterizam o som tradicional do Rush, sua guitarra soa mais natural, pesada. Rock and roll mesmo. Tocar rock tradicional não é problema pro Neal, que é um puta batera. Então ele deve fazer com 2 dedos apenas aquele trampo meio Charlie Watts, hehe. E o Geddy não compromete. Em "The Seeker" (The Who), ele solta um falsete ridículo (prá dizer o mínimo). Tenta variar o tom, de certa forma se aproximando dos vocais originais. Mas até que segura bem.

Taí: é um Rush muito diferente. Mas honesto. (Mais honesto?).

20 agosto 2004

Feedback

Só dei o braço a torcer depois do super-show dos caras aqui no Morumbi. Até então o Rush era, pr'eu, só mais uma banda sem personalidade e com a pior voz do mundo.

Bão... eles mudam e a gente tbém. O Geddy dos 1os discos continua o pior vocalista do rock de todos os tempos. Mas ele melhorou bem. E toca um baixo decente.

E parece que vou me surpreender de novo! Os caras tão com disco novo na praça: Feedback.



Motivo da provável surpresa? Trata-se d'um disco só de covers!!! Saca só as faixas:

1. Summertimes Blues
2. Heart Full Of Soul
3. For What It´s Worth
4. The Seeker
5. Mr. Soul
6. Seven And Seven Is
7. Shapes Of Things
8. Crossroads

Vga na Mídia

Vga mereceu 1 página inteira do Estadão no último domingo! Assunto? O de sempre: nossos ilustres visitantes extra-terrestres... 8 anos e a história segue. E a cidade segue incapaz de capitalizar 1% com o tema. Mas deixa prá lá...

Queria mesmo era ter a chance de mostrar umas fotos bem melhores que aquelas do Estadão. Saca só:





Tks Zacha!

19 agosto 2004

Agenda!: super-agosto (bom gosto!)

Quem há tempos vasculhava sebos atrás do livro "Hitchcock/Truffaut" pode comemorar duas vezes.


Obs.: O livro sai hj e custa 65 paus.

O relançamento desta obra, que trás em páginas uma das maiores investigações críticas e poéticas sobre a sétima arte, será acompanhado por um ciclo de filmes dos dois diretores.

Clássicos dos dois cineastas poderão ser vistos em tela grande durante a mostra "Hitchcock x Truffaut", que acontece entre os dias 19 e 26, na sala 4 do Espaço Unibanco de Cinema, em São Paulo (r. Augusta, 1.475, Cerqueira César).

Na abertura do ciclo, haverá exibição gratuita de "A Dama Oculta" (1938), de Alfred Hitchcock, às 20h. O mesmo filme será reexibido no dia 21, às 21h30.

Dia 20, é a vez de "Suspeita" (1941), também de Hitchcock.

Nos dias 22 e 23 é a vez de François Truffaut ganhar a tela da mostra. No domingo será exibido "Jules e Jim - Uma Mulher para Dois" (1962), e, na segunda-feira, "A Mulher do Lado" (1981), ambos às 21h30.

"Janela Indiscreta" (1954), de Hitchcock, é exibido dia 24, "A Noiva Estava de Preto" (1967), de Truffaut, dia 25. "A Noite Americana" (1972), de Truffaut, fecha a mostra no dia 26.

As sessões são sempre às 21h30, com exceção da exibição na abertura da mostra, que acontece às 20h.

Obs2: Não deixem de ler este artigo do Inácio Araújo.

CJ no Terra

Amazing!

Foi por causa d'uma matéria muito mais apaixonada (redigida por Ana Maria Bahiana n'uma página de música que O Globo tinha lá pr'os idos de 88 - falando do 'Trinity Sessions'), que eu conheci a banda e virei um dos vários fãs n.1



Coisa rara (a mídia brasileira falar do CJ). Coisa rara (a Sum lançar a edição completa, com o EP. O besta aqui comprou a vs importada simples... fuck!).

HH Hard Rock pt. 2

Era inevitável cair tbém na outra metade cine/música que retrata bem nossa geração (tiozinho é a mãe!):



Compre/roube/napsterize o disco. Veja o filme... blá blá blá... Tem Zetta-Jones!!!

Inevitável falar das 'listas'. Tem até grupo 'Top 5' no Orkut?!?!

Belê. 5 melhores sons pr'uma manhã insípida de quinta-feira, com uma ressaca que fez que veio e acabou fondo sei não pr'onde (uau!):

1. Perfect Circle (REM) - Labirintite?
2. Cure for Pain (Morphine) - "jogarei minhas drogas fora quando acharem a cura prá dor"
3. Buena (Morphine) - Quase uma cura!
4. Where did all the girls come from? (vs. Treat Her Right)
5. I Think She Likes Me (Treat Her Right)

Uau. Tirando a 1a só deu Sandman. Conhece 'Treat Her Right' não? É a 1a banda do Mark Sandman (essa tinha guitarra, ao contrário do Morphine). Melhor som de boteco de todos os tempos!

HH Hard Rock

Vitão, Nerso e Towerso. Turma pequena, papo grande e proveitoso.
Boteco sete e meio: All Black.

Vitão eu não via há uns 3 anos... Nas 257 obras de 'cultura inútil' debatidas, de 'Olga' a 'Eternal Sunshine...', de Jethro Tull a Franz Ferdinand (blergh!)...

...uma era infalível (ocorreu no meio desse gap de 36 meses):



Coisa de tiozinho? Nem tanto...
Compre o disco. Veja o filme. E apaixone-se pela Kate Hudson... a melhor groupie de todos os tempos! hehe

Convite CC / Wired


Prá ver uma versão maior clique aqui.

Cool! Pena que NYC é longe...

18 agosto 2004

Doando Lixo

A indústria da música estadunidense, tentando parecer menos antipática, topou doar CD's prá bibliotecas e escolas. Saca só alguns dos itens doados:

57 copies "three mo' tenors" (2001)
48 copies Mark Willis "loving every minute" 2001 (country)
47 copies "corridos de primera plana" by "Los Tucanes di Tijuana" (2000)
39 copies of "Christmas with Yolanda Adams"
37 copies of Michael Crawford's "A Christmas Album"
34 copies of the Bee Gees' "This Is Where I Came In " (2001)
34 copies "The Collector's Series, Vol. 1" by Celine Dion
27 copies of a recording of Puccini's Madam Butterfly
24 George Winston's December (1982) (solo piano, jazz or new age)
23 copies of Aerosmith's "Just Push play" (2001)
23 copies "A smooth Jazz Christmas" by Dave Koz and friends
21 copies of Son by four's "Purest of Pain" (Latino pop band)
20 copies "My kind of Christmas" by christina Aguilera
18 copies of Thalia's "grandes exitos" (Latina artist, means "greatest hits")
10 copies "A New day has Come" by Celine Dion

Que a versão brasileira dos caras não sigam o exemplo. Usem a lixeira mesmo. Imagine a lista pocotizada... Tenham pena de nossas crianças!

Lorenço: rádio digital (internet) é perigo real e imediato!!!

Do Blog do Lorenço:

"Witness the Copyright Gap in its full majesty. In the UK, Digital Radio has been live at the BBC for about three years now. As the BBC says, “Digital Audio Broadcasting gives you far greater station choice, better reception & clarity of sound with no re-tuning.”

Yet meanwhile, in the country that invented both the radio station and the transistor, digital radio is stuck. Among other problems, the FCC is contending with the RIAA’s arguments that, absent proper controls, digital radio would be “the perfect storm” for the music industry. Digital radio, the RIAA believes, must be prevented from causing the “enormous damage wrought by peer-to-peer piracy.” On Monday, the RIAA filed a new letter reiterating that the “threat” from digital radio is “real and imminent.”

Even if digital radio survives all of this, digital broadcasters would begin at an immediate disadvantage over those who stay analog. A 1995 Act mandates that digital broadcasters pay an additional license fee (for sound recording copyrights) above and beyond the usual fees due ASCAP or BMI. That puts digital broadcasts, the technology of the future, at a cost disadvantage. And who gets those extra fees? You guessed it — the RIAA.

So next time you’re wondering why radio isn’t any better: its not the technology that’s the problem.
"

17 agosto 2004

6 dias!

6 noites... não é desculpa, mas é muito tempo pr'um blog.
Trampo pesado, pesadíssimo. Ainda bem q pr'eu mesmo!!

Aí, no final da tarde de ontem, sem 99% do peso do trampo, me permiti relaxar.
Daí a motivação pr'esse post: Nina Simone!!



É só a melhor voz feminina de todos os tempos. Cantando o melhor repertório soul/rock/pop/jazz/blues de todos os tempos. Só...
E não serve só prá relaxar não. É aquele tipo de remédio que cura tudo... (exceto saudades, que não tem cura).

Prá quem não conhece t'aqui um bom e barato ponto de partida:



É uma coletânea mais heavy... mais blues. The Backlash Blues, Blues for Mama, Go to Hell, I Shall Be Released, I Want a Little Sugar in My Bowl ... as 5 1as faixas já valem o disco. Aí, mais no finzinho rola a eterna "I Loves you Porgy" (infalível). Isso sem contar que lá no meio rola uma versão animal de "Nobody's Fault But Mine", que é composição da Nina?!?!?! Uai... mas é tão parecida com aquela do Led que aparece no Presence... hehe

10 agosto 2004

Astonishingly Unconvincingly

Lorenço tá com artigo novo (! 12/ago) na Wired. Discute o "poder de persuasão" que Mr Bush(it) tem sobre a mídia. Na cola do premiado "Fahrenheit 9/11", Robert Greenwald lançou "Uncovered: The Whole Truth About the Iraq War".

O problema é que ele usou trechos de entrevista do Mr Bush(it) sem autorização da NBC. Prato feito prá advogados! O que Lorenço discute são os argumentos da NBC prá não liberação. Desculpas do tipo: o clip "surrupiado" seria "not very flattering to the president." Liberdade de expressão? Não enquanto existir uma cultura de "copyright" draconiana como a deles...

09 agosto 2004

Faturando Da Vinci

Acontece com todo campeão de vendas. Na era da informação, gere o máximo de sub-produtos d'uma idéia legal. Inevitável que este seja o destino do "Código Da Vinci", 15 milhões de cópias depois. Como é inevitável que um monte de gente tente pegar carona no sucesso:



Dan Brown, o autor da trama, sabe o que faz. Além da versão 'telona', ele já trabalha em novo romance que "estica" parte do tema campeão. E mantém um site que sabe provocar e entreter seus fãs. Ainda bem que apesar de pop é um negócio inteligente.

É o Fundo (Chroma Key)

Kevin Moore é um cara legal. Pulou fora do Dream Theater no tempo certo, e começou uns projetos legais. Já falei sobre o OSI (Office of Strategic Influence) em 02/jul.

Conheci há pouco um projeto mais antigo, o Chroma Key.



Esse aí é o 2o disco, "You Go Now". Prá quem curte o Pink Floyd da fase legal (75?), e uns toques modernosos, tipo "ambient" (musiquinha de elevador mesmo), tipo Eno e afins, é um prato feito. A voz do Kevin é muito legal, e um tanto incomum em tempos de virtuoses. Ele é tecladista. Trata-se de um disco de tecladista. Mas que sabe respeitar um bom trabalho de base, particularmente das guitarrinhas que ficam lá... no fundo.
Taí! Ganhou um fã.

07 agosto 2004

Shows e Shows

Bloguei há pouco sobre o último disco do Pearl Jam, outro "ao vivo" na sua imensa lista de discos oficiais gravados "ao vivo". Trata-se d'uma estratégia prá diminuir (ou eliminar) a pirataria mais legal: a gravação de shows.

Bono, do U2, já disse que não vê nada de errado na gravação de seus shows. Então os bootlegs do U2 rolam solto na Web (ai q saudades dos piratas italianos!).

A Dave Matthews Band fica no meio do caminho. Não lança todos (como o PJ), mas não é econômico como o U2. Não sei que critério usam prá selecionar o show q deve virar bolacha, mas funciona!



O penúltimo (!) é esse aí, "The Central Park Concert". Disponível das opções DVD duplo ou CD triplo. É um showzaço! E, pela primeira vez, a DMB lança "Crush", sua grande obra-prima, em versão direta. Só ela já vale o disco...

Rock Against Bush

Além da turnê (post anterior), tão lançando umas coletâneas muito politicamente corretas tbém. Mais pela iniciativa q pelo som propriamente dito (é muito punk pro meu gosto). Mas vale a dica:



No Vol.1 tem Offspring, Ministry e Sum 41. No Vol 2 pinta até Foo Fighters, além de Green Day, Bad Religion e No Doubt (?!?!).

06 agosto 2004

Rock Anti-Bush

Há tempos eu não via o mundo 'rock&roll' se envolver em questão política "de grande porte". O evento é digno de nota: Ben Harper, Pearl Jam, REM, Dave Matthews Band, Bruce Springsteen, e vários outros vão fazer uma turnê especial 'anti-Bush' por todos os estados em que o dito cujo tenha alguma chance de vitória. Não serão shows conjuntos, mas uma turnê homônima. Os recursos arrecadados nos concertos vão para a ACT (America Coming Together), organização não governamental que trabalha para mobilizar o eleitorado progressista nos comícios.

"Dado o clima político extremo de um país em guerra, estamos orgulhosos de figurar entre os muitos artistas envolvidos nesta turnê e de incentivar os americanos, não somente para votar por um presidente em 2 de novembro, mas também para que votem pela mudança", afirmou Eddie Vedder, líder do Pearl Jam.

04 agosto 2004

4 Letras, 2 Mulheres, 2 Promessas

"Olga" e "Nina" - nomes de 2 filmes nacionais que estreiam em breve.
O primeiro é uma super-produção, dirigido pelo global Jayme Monjardim (que no início de carreira dirigiu a novela 'Pantanal') e estrelado pela bela Camila Morgado.



Trata-se da versão telona do best-seller de Fernando Morais. Narra a história de Olga Benário, comunista, esposa de Luis Carlos Prestes, que foi enviada para um campo de concentração nazista. Dramão histórico que, pelo trailer, promete muito. É super-produção mesmo, sem exageros.

"Nina" foi dirigido por Heitor Dhalia. O roteiro de Marçal Aquino ("O Invasor") é livremente inspirado por "Crime e Castigo" de Dostoiévski. Filme cabeça? O 'making-of' curtinho, exibido pelo Canal Brasil, é um chute no estômago. Roteiro, fotografia, cenografia, trilha. Filmão de autor! Brasileiro!! E protagonizado por Guta Stresser, a esposinha ninfomaníaca de "A Grande Família".



Tudo muito estranho! Tudo muito benvindo!!

Livro faz viagem cronológica pela filmografia de Hitchcock

PEDRO BUTCHER
crítico da Folha

O primeiro encontro entre François Truffaut e Alfred Hitchcock foi, literalmente, um banho de água fria. Aconteceu no inverno de 1955, quando Hitchcock estava na França finalizando "Ladrão de Casaca".

Truffaut e seu colega de redação de "Cahiers du Cinéma", Claude Chabrol, aproveitaram para marcar uma entrevista com o ídolo. No dia marcado, entraram na sala em que Hitchcock trabalhava, onde viram umas 15 vezes o mesmo trecho do filme, com Brigitte Auber e Cary Grant. Foram esperar Hitchcock no bar do estúdio e, ainda aparvalhados com a breve sessão exclusiva, não notaram o tanque de água congelada à sua frente. A fina camada de gelo rachou e os dois afundaram o gravador, inutilizado.

Nas palavras de Truffaut: "Foi tiritando em nossas roupas encharcadas que nos apresentamos a Hitchcock. Ele olhou para nós sem fazer comentários e aceitou um novo encontro para aquela noite. No ano seguinte, de volta a Paris, nos identificou de imediato no meio de jornalistas e disse: penso em vocês cada vez que vejo duas pedras de gelo chocando-se num copo de uísque".

Sete anos depois, em 1962, Truffaut escreveria uma longa carta a Hitchcock. Estava revoltado com as cobranças dos críticos americanos que ainda desprezavam o cineasta de "Psicose" e se recusavam a concordar com a valorização empreendida pelos franceses desde os anos 50. Teve então a idéia de propor a Hitchcock um "questionário sistemático", que poderia resultar em "um livro capaz de modificar a opinião dos críticos americanos."

Na carta ao mestre, evocou a história das "pedras de gelo" e lhe propôs uma nova entrevista, a seco e muito mais longa. No fim da carta, dá um golpe de misericórdia em busca da aceitação: "O conjunto seria introduzido por um texto que escreverei e que poderia se resumir assim: se um dia o cinema se visse novamente privado de som, muitos cineastas estariam condenados ao desemprego, mas entre os sobreviventes estaria Hitchcock. E todo mundo finalmente compreenderia que ele é o melhor diretor do mundo."

Hitchcock respondeu a Truffaut com um telegrama em francês, confessando ter-se comovido às lágrimas. Propunha, então, as entrevistas para o fim de agosto, depois das filmagens de "Os Pássaros". E assim foi. Deu-se um encontro feliz, mediado pela presença essencial de Helen Scott (que funcionou muito mais que uma tradutora) e que resultou naquele que, possivelmente, é o melhor livro já escrito sobre cinema.

"Hitchcock/Truffaut", que já havia sido editado por aqui em 1986, pela Brasiliense, mas há anos encontrava-se esgotado até nos sebos, enfim ganha uma reedição brasileira, pela Companhia das Letras. É um livro para se ler com o mesmo prazer que se vê um filme de Hitchcock. Tem uma dimensão jornalística/informativa e outra poética. Tanto pode ser encarado como um trabalho de investigação sobre o processo criador ou como a história emocionante de uma amizade em torno da paixão pelo cinema.

Hitchcock, que estaria completando 105 anos no próximo dia 13 de agosto, embarca na proposta com abertura e disposição. O livro não se detém em detalhes biográficos, embora conte algumas passagens importantes.

Logo na sua primeira resposta, por exemplo, ele conta um bizarro fato de sua infância: "Eu devia ter quatro ou cinco anos. Meu pai me mandou à delegacia de polícia com uma carta. O delegado leu e me trancou na cela por uns cinco ou dez minutos, dizendo: É isso que se faz com garotinhos levados". Hitchcock jamais se esqueceu do episódio mas não faz idéia do motivo da "prisão".

O livro segue com determinação quase messiânica a proposta de descrever um processo de trabalho. Cada página é parte de uma busca para descrever o pensamento puramente cinematográfico, aquele que fez de Hitchcock "um dos maiores inventores de forma de toda a história do cinema", pois nele "a forma não embeleza o conteúdo, mas o cria" (como afirmaram Chabrol e Eric Rohmer no livro que escreveram ainda em 1957).

Portanto a viagem é cronológica pela filmografia de Hitchcock, e não faltam momentos inspirados das duas partes. Truffaut mostra um conhecimento não apenas enciclopédico mas também analítico, inteligente. E Hitchcock destila sua fina ironia inglesa. Estão lá desde os motivos de suas famosas aparições até a explicação essencial do que é um "McGuffin", assim como frases de efeito como "certos filmes são fatias de vida, os meus são fatias de bolo."


HITCHCOCK/TRUFFAUT

Editora: Companhia das Letras (368 páginas)
Quanto: R$ 65

ps: Sorry "Folha", mas o texto tá muito bom. Então dei uma roubadinha virtual...

03 agosto 2004

A Volta de quem nunca deveria ter ido

Vish... êita titulozinho besta! Bão...

A Jazz+ é uma das melhores revistas do Brasil. Ponto. E, além do Jazz, trata também de Blues, MPB, e tudo que deriva disso tudo. É duca!

Só que depois dos 4 primeiros números ela tinha sumido. Depois de um "longo e tenebroso verão" (nas palavras do editor), ela tá de volta nas melhores bancas.

E funciona como um blog tbém! E dele essa grata surpresa:



Um pintura do Miles Davis?!?!?!

Welcome back! Precisando, tamos aí.

02 agosto 2004

Would You Erase Me?

Quando o mundo descobriu Charlie Kaufman foi um espanto. "Quero ser John Malcovich" é um show de inteligência e originalidade. "Adaptação" me decepcionou um pouco. Nem é birra com o Nicholas Cage não... acho que expectativa demais.

Eis que agora somos presenteados com o "Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças" ou "Eternal Sunshine of the Spotless Mind".
Minha birra com o Jim Carrey é pior. É a 1a vez que vou ao cinema ver um filme com o dito cujo (graças ao Kaufman). E não me arrependi.



O tema já me pega forte. Era uma fixação do maior escritor de ficção científica do século XX, Mr Philip K. Dick. O lance de manipular nossas lembranças (vide "Total Recall", que é uma merda mas trata do mesmo assunto).

Mas o tema, embalado numa história romântica, só podia ter saído da cabeça maluca do Kaufman. Carrey, Kate Winslet (magrinha) e Kirsten Dunst (lindinha) matam a pau. Carrey (42 anos nas costas) tá virando um grande ator. Assista! Não dá prá contar muito não.

Agora um desafio (sonho) legal: Burton + Kaufman + Depp + Wynona
(que tal, Hollywood?).

Sobre Filhos e Cópias

Sobre boas e más referências...

Se vc precisar d'uma ajuda prá entender "relações" entre bandas pintou um ensaio legal (pretencioso mas promissor).

Saca aí o MusicPlasma.

Aí vc vai ver que gente boa como PJ, REM, Red Hot, Soundgarden e Sublime têm algo em comum.

E babas como Metallica, Evanescence, Limp Biskit e Linkin Park também!!! (além de municiarem nossas rádios rock-brega-jabá...)

Luz e Sombras (no atacado)

Quase uma continuação d'um post da semana passada. Quase um pedido de desculpas.
Tô falando do Pearl Jam.
Um dia Ms.Mulder me deixou puto quando disse que o PJ era uma banda 'de balada'.
PQP!! Ela tava querendo comparar os caras com a merda do Creed ou similares??
Sacou nada...

O PJ, desde que criou 'um estilo', tenta escapar dele de tudo quanto é maneira. Aí, fãs fáceis de 'Ten' começaram a apedrejar: "Tá uma merda".

Coitados... mas tente ouvir hoje, na sequência, "No Code", "Yield", "Binaural" e "Riot Act"... Faz todo o sentido. É legal perceber o amadurecimento dos caras, é nítido demais. E todos são animais! Tente ser impassível a "Smile" ou "In my Tree" do "No Code". Evolua até "You Are" do último disco de estúdio. Taí: Evolua!

Não é que na sequência eles chegam num disco "de balada". Calma, calma. Tô falando de outro duplo ao vivo, "Benaroya Hall", que acaba de sair (por uma nova gravadora!?!? BMG/RCA).



É todo ao vivo e acústico (bem, o McCready não sabe ficar 30min sem ligar uma guitarra, né? Então em "Nothing as it Seems" e "Black", não teve jeito.. hehe).

Eles já estavam ensaiando um 'set' todo acústico nessa turnê. No registro do show de Mansfield (tripo!), um CD é todinho acústico (com uma versão definitiva de "Indifference").

O disco prova a originalidade do PJ. A força do set list é impressionante. E quando o Eddie deixa a massa levar os últimos versos de "Black"... uau!!

E tem coisa inédita tbém. Além de alguns covers (de Dylan e Cash), pinta ali uma tal "Man of the Hour", encomenda de Tim Burton!?!?!?! É bonitona!

Mas não são "baladas" fáceis... não é coisa prá FM, prá rádio rock (são inteligentes demais prá rádio rock... Esse povo não entende a importância das sombras - e vivem tocando 'Alive', se dizendo modernos, inebriados pela luz fosca e artificial de LinkinBiscuitShitTallica e d+ bullshitagens comerciais).