02 agosto 2004

Luz e Sombras (no atacado)

Quase uma continuação d'um post da semana passada. Quase um pedido de desculpas.
Tô falando do Pearl Jam.
Um dia Ms.Mulder me deixou puto quando disse que o PJ era uma banda 'de balada'.
PQP!! Ela tava querendo comparar os caras com a merda do Creed ou similares??
Sacou nada...

O PJ, desde que criou 'um estilo', tenta escapar dele de tudo quanto é maneira. Aí, fãs fáceis de 'Ten' começaram a apedrejar: "Tá uma merda".

Coitados... mas tente ouvir hoje, na sequência, "No Code", "Yield", "Binaural" e "Riot Act"... Faz todo o sentido. É legal perceber o amadurecimento dos caras, é nítido demais. E todos são animais! Tente ser impassível a "Smile" ou "In my Tree" do "No Code". Evolua até "You Are" do último disco de estúdio. Taí: Evolua!

Não é que na sequência eles chegam num disco "de balada". Calma, calma. Tô falando de outro duplo ao vivo, "Benaroya Hall", que acaba de sair (por uma nova gravadora!?!? BMG/RCA).



É todo ao vivo e acústico (bem, o McCready não sabe ficar 30min sem ligar uma guitarra, né? Então em "Nothing as it Seems" e "Black", não teve jeito.. hehe).

Eles já estavam ensaiando um 'set' todo acústico nessa turnê. No registro do show de Mansfield (tripo!), um CD é todinho acústico (com uma versão definitiva de "Indifference").

O disco prova a originalidade do PJ. A força do set list é impressionante. E quando o Eddie deixa a massa levar os últimos versos de "Black"... uau!!

E tem coisa inédita tbém. Além de alguns covers (de Dylan e Cash), pinta ali uma tal "Man of the Hour", encomenda de Tim Burton!?!?!?! É bonitona!

Mas não são "baladas" fáceis... não é coisa prá FM, prá rádio rock (são inteligentes demais prá rádio rock... Esse povo não entende a importância das sombras - e vivem tocando 'Alive', se dizendo modernos, inebriados pela luz fosca e artificial de LinkinBiscuitShitTallica e d+ bullshitagens comerciais).

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