28 junho 2005

Scratch #040



...Nothing belong to anywhere anymore.
All cats have been let out of all the bags,
and they`ve got mixed up....




Surrupiado daqui.

O "pato na cara a 300km/h" da Cayce Pollard (Reconhecimento de Padrões) ganha outro sentido. Não pensado por Gibson.

27 junho 2005

Scratch #039


...Paris street...



btw, seríssima candidata a "Capa" do 1o CD do BlueNoir, não?
Surrupiado daqui. Tnx Kasia.

Guerra dos Mundos

Chegou a semana do mundo acabar. De novo! Desta vez nas mãos de Spielberg, com o remake do clássico "Guerra dos Mundos". O texto original é do H.G.Wells. É aquele texto que causou uma certa bagunça em L.A., quando lido por um tal Orson Wells.



Mas e se a "Guerra dos Mundos" fosse escrita em pindorama? Como seria? Acho que mais ou menos assim:


A nave quando desceu, desceu no morro
Ficou da meia-noite ao meio-dia
Saiu, deixou uma gente
Tão igual e diferente
Falava e todo mundo entendia

Os homens se perguntaram
Por que não desembarcaram
em São Paulo, em Brasilia ou Natal?
Vieram pedir socorro
Pois quem mora lá no morro
Vive perto do espaço sideral

Pois em toda via láctea
Não existe um só planeta
Igual a esse daqui
A galáxia tá em guerra
Paz so existe na terra
A paz começou aqui

Sete Artes e dez mandamentos
Só tem aqui
Cinco sentidos, terra, mar, firmamento
Só tem aqui
Essa coisa de riso e de festa
Só tem aqui
Baticum, ziriguidum, dois mil e um
Só tem aqui

A nave estremeceu, subiu de novo
Deixou um rastro de luz do meio-dia
Entrou de volta nas trevas Foi buscar futuras levas
Pra conhecer o amor e a alegria

A nave quando desceu, desceu no morro
Cheia de ET vestido de Orixá
Vieram pedir socorro
E se deram vez ao morro
Todo o universo vai sambar...



"O Dia em que Faremos Contato", por Lenine e Bráulio Tavares.

24 junho 2005

AnnieHall



Surrupiei d'um dos mais belos flogs que já vi, da polonesa AnnieHall (super-fã do Woody Allen, se vc não notou).

BTW, tenho uma triste notícia para todos que andam desencantados com sua vida virtual. O StumbleUpon[SU] é uma das melhores coisas que surgiram na net depois do Gmail. Ele cria teias sociais (como Orkut, Gazzag e afins), mas de uma forma menos intrusiva e mais natural (principalmente pr'aqueles que estão aqui para viajar, aprender e trocar dicas). Os 'orkuticidas' pensaram que estavam disparando a "última onda". Perderam o bonde...

ps: O SU é uma extensão do Firefox.

Scratch #038



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Cool? Spell with Flickr.

20 junho 2005

Scratch #037



Flight of Icarus, por Roger Dean, o cara das capas do Yes.

18 junho 2005

Sin City

Apelei: como já sabia que "Batman Begins" ainda não estrearia em Vga, passei num daqueles fornecedores legais que populam a Av Paulista e os arredores das estações de metrô. (Não costumo comprar 'genéricos', mas os fins... bem, deixa pra lá). Lógico que AINDA não tinha o restart do Morcegão, mas achei "Sin City": não tem tu, vai tu mesmo.

Aprendi a "ler" quadrinhos antes de aprender a ler. Dos 5 aos 10 eu não dormia sem uma montanha de gibis ao meu lado. Acho "quadrinhos" a melhor e mais subestimada arte pop. Não é por acaso que, com o nome de storyboard, serve de base para o trabalho de quase todo diretor de cinema. Will Eisner, Bob Kane, Dave McKean, Neil Gaiman, Alex Ross, Walt Disney são alguns GÊNIOS que souberam tirar tudo da combinação nanquim+papel branco. Ação, reflexão, panorâmica, slow motion, close... tá tudo ali, naquelas pequenas molduras.

O que esperar quando Frank Miller, outro gênio dos gibis, se propõe a levar para a telona um clássico seu, Sin City, apoiado por diretores ousados como Robert Rodriguez e Tarantino? Bom, sem exageros: um marco na história do cinema.

Até então a mais fiel transposição dos quadrinhos para a telona era "Dick Tracy" (1990), de Warren Beatty. Fiel na cenografia, na composição dos personagens e no "espírito" da história original. Mas a proposta de "Sin City" é muito mais ambiciosa. De certa forma, cada enquadramento lembra um quadrinho (pleonasmo?). E eles não precisaram forçar a barra para causar tal impressão, colocando molduras ou dividindo a tela, por exemplo. O uso do preto&branco, do forte contraste e de cores 'ocasionais' ajudam. Os cenários são fotografados em ângulos que lembram os primeiros exercícios de Will Eisner no clássico "Spirit". A experiência é maravilhosa. Não vejo a hora de vê-lo numa telona de verdade.

"Sin City" seria perfeito se os caras tivessem convidado Elmore Leonard ou James Ellroy para escrever os diálogos. Melhor: talvez algumas das histórias deste par que há 10 anos é o supra-sumo da literatura policial pudessem ser convertidas através da mesma receita gráfica. Querer demais? Acho que não. Pode ser questão de tempo. Basta "Sin City" confirmar sua sina de Novo Padrão.

17 junho 2005

Scratch #036



Surrupiado do Cartoon Brew. Visite!

{ 0 }



Começou!!! Infelizmente sem direito a pré-estréia... Como um OVNI me aguarda para um breve passeio em Vga, só matarei a curiosidade na próxima semana.

Pelas críticas e comentários parece que a película (argh!) não decepcionará ninguém. Andou recebendo 4 estrelinhas dos críticos lá de fora. E considerado "...o melhor de todos os filmes com o homem-morcego" por uma publicação nacional.

14 junho 2005

{ 3 }

Batman Begins deve ser o início de uma trilogia. Pontas foram devidamente soltas para possibilitar as sequências. E já há uma rota: no 2o o Coringa será preso e julgado. O promotor é Harvey Dent. No 3o o Coringa foge do Asilo Arkham e se vinga de Harvey, jogando ácido em seu rosto. Adivinha quem ele vira...

Mas e o primeiro? Bom, prepare-se para passar meio filme sem ver Batman. Só Bruce. Perdendo os pais. Sentindo-se culpado. Tomando susto com morcegos. E viajando, gira mundo até o extremo oriente. Torna-se um expert numa nova modalidade de luta, a Keysey (ou algo assim). Batman Begins nos apresenta uma série de personagens que, aleatoriamente, foram lançados nos gibis. Gordon (Gary Oldman) ainda é um tenente. Lucius (Morgan Freeman) é o criador dos 'bat-brinquedinhos'. Alfred (Michael Caine) é quase um pai para Bruce. Ou seja, o roteiro tratou de nos apresentar o universo Batman quase completo. Agora é só criar os outros malucos.

Bale (Bruce/Batman) garante que seu personagem é quase louco, muito pesado e profundo. Então esqueçam as Marvel-bobagens. Vamos entender o que faz um doido se vestir de morcego e sair por aí, fazendo justiça com as próprias mãos.

Outra imensa diferença das Marvel-bullshitagens é a quase total ausência de efeitos especiais feitos por computador. Praticamente não há nenhum!! Daí que o filme custou US$ 180 milhões. 1/3 tá sendo torrado em marketing. E que marketing!! Sampa tem morcegos por todos os lados. Um outdoor prá lá de bonito mostra os ratinhos com asas cobrindo o monumento das Bandeiras no Ibirapuera.

Christopher Nolan (Amnésia, Insônia) é o diretor. Ele é forte e sabe montar grandes equipes. Amnésia (Memento) foi baseado num conto curtíssimo de seu irmão. Insônia (com Al Pacino) é sua "estréia" com orçamento de verdade. Não decepcionou. Melhor que ele para ressuscitar Batman só David Fincher (Se7en, Clube da Luta). Revi 'Aliens3' neste final da semana só para confirmar. O cara é bom mesmo. Mas Nolan, apesar do curto currículo, apresentou todas as credenciais para comandar o maior desafio da Warner dos últimos tempos.

Tim Burton, dos 2 primeiros 'Batman', é um diretor folclórico. E um arquiteto de mão cheia. O Batman dele é muito legal, mas 'bonzinho e levinho' demais perto daquele dos gibis. Joel Schumacher é uma bichona que nunca deveria ter assumido a franquia. Ele acabou com o personagem em dois filmes ridículos. Tentaram aproximar o Batman daquela série ridícula (ridicularizadora) dos anos 60. Ed Wood não faria pior.

Então finalmente a Warner se rende ao fato: Batman só é Batman pq é humano, cheio de contradições e aflições. Pontos chave do novo roteiro se basearam em "Batman - Ano Um" do Frank Miller.



Agora só falta os caras criarem coragem de filmar "Asilo Arkham".
Ah... falta ver 'Batman Begins' tb... 3 dias e contando...

09 junho 2005

Blade Runner :: C#002

Previous :: C#001 (78 days ago)

Do androids really dream of electric sheep?
Now you can ask P. K. Dick himself. This bust relies on 36 servomotors to mimic the sci-fi legend's facial expressions, and features a polymer called Frubber that looks and moves like human skin. The bot uses motion-tracking machine vision to make eye contact with passersby, and best of all, artificial intelligence and speech software enable it to carry on complex conversations. "It invents new ideas using a mathematical model of Philip K. Dick's mind extracted from his vast body of writing," says David Hanson, founder of Hanson Robotics. The mechanized tribute to the author is a fitting one: Having grappled with the question "What is reality?" throughout his career, Dick would have delighted in Hanson's efforts to blur the boundaries between humans and their android imitations.



Next :: C#003 (???)

{ 8 }

08 junho 2005

Estudando o pagode

"Estudando o pagode" é mais uma "pérola rara" do músico brasileiro Tom Zé
O cantor denuncia a segregação da mulher em uma opereta irônica


Véronique Mortaigne
Em Paris


Felicidade! Tom Zé lança o seu novo álbum, intitulado "Estudando o Pagode na Opereta 'Segrega Mulher e Amor'", ou seja: este cantor-compositor que é um verdadeiro vibrião do rock tradicional brasileiro, destrincha aqui o "pagode", um estilo de samba popular, nervoso e irônico, sob a forma de uma opereta imaginária, na qual são abordados os temas da segregação da mulher e do amor. O menos que se possa dizer é que é um programa que promete.

Aliás, programa é o que não falta entre as ferramentas utilizadas por Tom Zé: há truques geniais produzidos por meio de computadores, que permitem armar a distorção de um ave-maria adocicado, ou a amplificação cavernosa de um macho imbecil. Será uma opereta sintetizada, eletrônica, esta sobre a qual o autor precisa que ela é "inacabada"? De jeito nenhum.

Tom Zé trabalha os seus sons, mas os violões, os cavaquinhos, as percussões e o bandolim que não poderiam faltar, estão presentes.

Tom Zé canta, e toca folha de fícus. Ele que nasceu num lugar improvável do sertão baiano, antes de se tornar um dos fundadores do movimento tropicalista junto com Caetano Veloso e Gilberto Gil, nos explica no encarte do disco de que maneira a folha de fícus, quando enrolada em forma de canudo, permite emitir um som nasal e estridente, o qual "produz uma música crua, que se alimenta da sua própria insipiência. Essa insipiência é a veia do meu interesse".

Portanto, "Estudando o pagode" não se parece com nada que nós já conhecemos. Este era também o caso do álbum precedente, "Jogos de Armar", o qual trazia um segundo CD que incluía os "esqueletos" das músicas do primeiro, para ser utilizado por todos os criadores de remixes.

Mas esta nova coleção extraordinária de 16 músicas que contam uma história aparentemente desvinculada da realidade (o negro Maneco Tatit que maltrata Tereza é, por sua vez, maltratado pelo seu professor da universidade) é uma pérola de inteligência política.

Neste álbum, composto para duas vozes (masculina, Tom Zé, feminina, Suzana Salles) e mais erudito do que pode parecer à primeira vista, Tom Zé convida os pseudo-desconstruidores de sons (Seu Jorge) a plantar batatas e a ver se ele está na esquina.

A ironia como forma de se opor ao machismo, a denúncia crua da exploração da mulher, a complacência desta última frente à sua dor e, no final, a sua força, são sentimentos que ele expressa com uma total liberdade.

Enquanto a substância musical permanece impregnada das ricas sonoridades nordestinas (em que predominam violões de sete cordas), da filosofia do deserto interior, entre messianismo e submissão, a alquimia produziu-se por contágio com as pesquisas muito urbanas do underground de São Paulo, onde Tom Zé se instalou duas décadas atrás.

Um excêntrico e um grande apreciador de trocadilhos, Tom Zé utiliza as formas antigas dos coros de mulheres para desmontar os velhos lugares-comuns ("a mulher é o mal") e detoná-los em forma de música para dançar.

"Estudando o Pagode" faz referência a "Estudando o Samba", um disco que ele mesmo havia lançado durante os anos negros da ditadura militar (1976). Neste, na ilustração da capa, branca, havia uma fileira de arame-farpado preto. No novo álbum, o arama-farpado continua ali, mas ele cerca uma Vênus que parece surgir do século 19.



Tradução: Jean-Yves de Neufville

CopyPaste do Vitão! Tnx Mr Zamora!

Honest Album Titles

Tem mais diversão no SomethingAwful. Saca só o que fizeram com algumas capas de discos:








Tem mais aqui.

The Greatest Albums Ever Suck

Divertidíssimo. Descobri hoje o SomethingAwful. E finalmente alguém que concorda comigo quando o assunto é listinha dos melhores álbuns de rock&roll. Dr David Thorpe tratou de destronar uns mitos. Tipo 'tabefe na cara' de publicações como RollingStone, NME, VH1 e outras.

Finalmente alguém colocou "Nevermind" em seu devido lugar. Saca só:


If I hear another shuffly-haired VH1 twerp pundit smirk out a sardonic little nip of garlic about how Nirvana saved us from hair metal, I’m going to swear off of bad pop-culture-based cable programming forever. Nirvana didn’t save us from shit. They just happened to wander across the teetering fulcrum of shitty eighties music and tip it towards shitty nineties music. I’m no hair metal apologist, but do you think I’m going to thank Cobain for popularizing the humorless angst-sludge that we’re still trying to get rid of today? No way. Grunge basically turned into its own form of hair-metal eventually by way of Creed and Nickelback. Am I blaming Kurt Cobain for stuff that went down way after his death? Yeah, I pretty much am. His suicide made him a martyr, and now we’ll never be rid of him, and he’s galvanized hordes of young longhairs to clench their teeth and make some really serious shit. Also, “Smells Like Teen Spirit” was and still is a major bore. I’d take Skid Row any day. At least “I’ll Remember You” moved around a little.

E pra punkaria tupiniquim que adora fazer listinhas na bizz, playboy e outras fucking-shit-abril-like-mags que tal uma detonada no Sex Pistols:


I can’t believe a record known only for its trumped-up social relevance could place so highly on every list. I wasn’t around in 1977, so I can’t pretend to know how magical it felt when a bunch of ugly, dirty guys got on a boat and made fun of The Queen. I’m sure it must have been fantastic, but that doesn’t mean there’s any reason to listen to this piece of garbage ever again. For all the hoopla about how it gave birth to punk, it sure sounds a lot like nothing more than a poorly-played hard rock album by a bunch of degenerates being held up like puppets by an effete asshole dandy. They turned punk into a joke, a farce, and a transparent marketing ploy before it even had a leg to stand on. The fucking Ramones had twice the chops, and they were too dumb to be eligible for drivers’ licenses and they had to wear special shoes so they wouldn’t fall down. True.


Bom. O cara detonou "Joshua Tree" tb. Ninguém é perfeito...

{ 9 }

07 junho 2005

{ 10 }




ps: Há exatos 176 dias, em 13/dez/04, fiquei sabendo do filme. Agora cabe uma contagem regressiva...

06 junho 2005

Atravessando a Rua...

Por Luiz Gustavo

Anjo Mau (doravante AM): Ei, Gustavo, ajuda aquele velhinho ali a atravessar a rua, vai.
Anjo Bom (doravante AB): De jeito nenhum! Pra que isso?



AM: Olha aquela carraiada lá. Coitado. Vai virar pastelzinho ali no asfalto.
AB: Não precisa, Gustavo. Ele deve estar acostumado a atravessar ali...
AM: Veja bem! Que feio! O pecado da omissão! Já vi muita gente queimar lá no inferno por conta disso.
AB: Não liga pra o que esse aí diz...
AM: Ah, não custa nada. Atravessa lá, segura firme na mão dele e traz para o lado seguro da rua. Até parece que você não conhece os benefícios de uma boa ação! Vai por mim... Você sabe que o Cara lá de cima gosta destas coisas...
AB: Lá vem ele com essa prosa... Você já viu vir coisa boa desse aí?
AM: Cala a boca, ô intrometido! Tô dando umas dicas aqui pro meu chapa...
AB: Vê lá! Aquele senhor ali está vendendo saúde... Não precisa de ninguém, não.
AM: Ish... ficou doido esse anjinho aí. Pior é que quem vai amargar o remorso pro resto da vida é você, Gustavo. Vê bem. Depois não vai dizer que eu não avisei... Nossa, é carro que não acaba mais!
AB: Não é possível que vai cair nessa conversa mole...
AM: Olha o remorso depois... isso dá um desgosto da vida. Já vi cada caso... E experimentar isso por uma atravessadinha de rua à toa... Pensa bem...
AB: Ih, começou a apelar...
AM: Uma cena pra você não esquecer nunca mais. Tudo aí, diante dos teus olhos, culpa da tua omissão... Aquela sangüera toda... Imagina só... Sem contar os dedos te apontando depois...
AB: Olha o velhinho indo embora!
AM: Caraca! Já atravessou? Nem vi... Não acredito...
AB: E a gente aqui parado o maior tempão! Hehe! Perdeu seu tempo...
AM: Falar nisso, por que a gente não atravessou ainda? Ish... Hoje eu não chego em casa... EI! ALGUÉM! AJUDA O GUSTAVO AQUI A ATRAVESSAR ESSA RUA PELO AMOR DE DEUS!!!

03 junho 2005

Orkuticídio, ePsicólogos e outras Besteiras

Não podia dar n'outra. A grande maioria dos pioneiros do Orkut é aquela mesma turminha que entrou em todas as ondas e modas dos últimos 100 anos. Além do dinamismo e da agitada agenda social, têm em comum uma coisa que lá em Minas chamamos de "fogo de palha". Uma ejaculação precoce. Daí que, dizendo-se cansados de seu espelho virtual, anunciaram que vão cometer 'orkuticídio'.

As desculpas são esfarrapadas e a mídia segue bem burrinha quando o tema é o mundo virtual. Se o cara tá 'preocupadinho' com o nível de exposição que tem, basta editar o perfil e reconfigurar o grau de privacidade que deseja. Mas não. O desejo de aparecer é sempre maior. Então aguardem entrevistas e matérias inteligentíssimas aparecendo em todo canto.

Como bem observou o Arthur Xexéo em seu debate diário na CBN, o Orkut e outras tantas coisas na Web não são nada mais que uma versão de algo que existe aqui (ou melhor: aí), no mundo real. A grande vantagem e diferença é a eliminação das distâncias. Mas aí vem alguém reclamando da falta de contato off-line? O problema dessas pessoas é outro, não é não?

Um tipo de problema que talvez esteja motivando outra moda, digamos, 'curiosa': os "Psicólogos Informáticos". Médicos para cucas atrapalhadas com a poluição informativa dos novos tempos. A coisa toda tá ficando engraçada. Outro dia postei no Graffiti que o QI (Quociente de Inteligência) de pessoas preocupadas com suas caixas de e-mails sofre perdas maiores do que o QI daqueles que fumam maconha. Imaginem então aquela pessoa "Super-normal, Simpática, Sociável, Antenadíssima e Ocupadíssima" que mantém:

. 1 Perfil no Orkut com 789 amigos e 124 comunidades
. 4 Contas de e-mail
. 3 Blogs
. 2 Fotoblogs
. 5 Grupos de Discussão
. 111 contatos no MSN e 56 no Yahoo! IM
. 1 Site pessoal

Deve ter um QI de ostra, né? Hehe. Quanta besteira. Mas é o mal de todo modismo. Só irrita a invenção de desculpinhas pra fugir da acusação de "fogo de palha". Mas tudo bem. Eles sempre existiram e sempre estarão por aí. De jóia sobra o fato deles acelerarem a obtenção de "massa crítica" d'algumas idéias legais. Como o Orkut, por exemplo.



De bobo e louco todos têm um pouco. Saca só onde vc tá lendo estas mal traçadas linhas. Em 1 dos meus 4 blogs!!! Tenho cinquenta e uns amigos no Orkut. Três contas de e-mail. Participo de 5 grupos de discussão. E daí?

Daí que hoje vou tomar um chopps e traçar 3 pastel. É SEXta, certo?
Então... quem topa?