Batman Begins deve ser o início de uma trilogia. Pontas foram devidamente soltas para possibilitar as sequências. E já há uma rota: no 2o o Coringa será preso e julgado. O promotor é Harvey Dent. No 3o o Coringa foge do Asilo Arkham e se vinga de Harvey, jogando ácido em seu rosto. Adivinha quem ele vira...
Mas e o primeiro? Bom, prepare-se para passar meio filme sem ver Batman. Só Bruce. Perdendo os pais. Sentindo-se culpado. Tomando susto com morcegos. E viajando, gira mundo até o extremo oriente. Torna-se um expert numa nova modalidade de luta, a Keysey (ou algo assim). Batman Begins nos apresenta uma série de personagens que, aleatoriamente, foram lançados nos gibis. Gordon (Gary Oldman) ainda é um tenente. Lucius (Morgan Freeman) é o criador dos 'bat-brinquedinhos'. Alfred (Michael Caine) é quase um pai para Bruce. Ou seja, o roteiro tratou de nos apresentar o universo Batman quase completo. Agora é só criar os outros malucos.
Bale (Bruce/Batman) garante que seu personagem é quase louco, muito pesado e profundo. Então esqueçam as Marvel-bobagens. Vamos entender o que faz um doido se vestir de morcego e sair por aí, fazendo justiça com as próprias mãos.
Outra imensa diferença das Marvel-bullshitagens é a quase total ausência de efeitos especiais feitos por computador. Praticamente não há nenhum!! Daí que o filme custou US$ 180 milhões. 1/3 tá sendo torrado em marketing. E que marketing!! Sampa tem morcegos por todos os lados. Um outdoor prá lá de bonito mostra os ratinhos com asas cobrindo o monumento das Bandeiras no Ibirapuera.
Christopher Nolan (Amnésia, Insônia) é o diretor. Ele é forte e sabe montar grandes equipes. Amnésia (Memento) foi baseado num conto curtíssimo de seu irmão. Insônia (com Al Pacino) é sua "estréia" com orçamento de verdade. Não decepcionou. Melhor que ele para ressuscitar Batman só David Fincher (Se7en, Clube da Luta). Revi 'Aliens3' neste final da semana só para confirmar. O cara é bom mesmo. Mas Nolan, apesar do curto currículo, apresentou todas as credenciais para comandar o maior desafio da Warner dos últimos tempos.
Tim Burton, dos 2 primeiros 'Batman', é um diretor folclórico. E um arquiteto de mão cheia. O Batman dele é muito legal, mas 'bonzinho e levinho' demais perto daquele dos gibis. Joel Schumacher é uma bichona que nunca deveria ter assumido a franquia. Ele acabou com o personagem em dois filmes ridículos. Tentaram aproximar o Batman daquela série ridícula (ridicularizadora) dos anos 60. Ed Wood não faria pior.
Então finalmente a Warner se rende ao fato: Batman só é Batman pq é humano, cheio de contradições e aflições. Pontos chave do novo roteiro se basearam em "Batman - Ano Um" do Frank Miller.
Agora só falta os caras criarem coragem de filmar "Asilo Arkham".
Ah... falta ver 'Batman Begins' tb... 3 dias e contando...
14 junho 2005
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