Mas ainda tínhamos o clube do filme. As fichas amarelas sobre a geladeira, com uma linha riscando cada filme visto, me davam a sensação de que alguma coisa, pelo menos, estava acontecendo. Eu não estava me enganando. Sabia que não estava dando a Jesse uma educação sistemática em cinema. Não era esse o objetivo. Poderíamos estar praticando mergulho, ou começando uma coleção de selos. Os filmes simplesmente funcionavam como um pretexto para passarmos um tempo juntos, centenas de horas, e, além disso, abriam portas para conversas sobre os mais variados assuntos - Rebecca, Zoloft, fio dental, Vietnã, impotência, cigarros.
David Gilmour ("O Clube do Livro")
Tradução de Luciano Trigo. Editora Intrínseca (2009).
0 comentários:
Postar um comentário