28 junho 2004

Velvet Revolver: quase um tiro pela culatra

Eu disse quase. Bom, devidamente napsterizado e auscutado (tô falando de 'Contraband', disco de estréia da nova-super-banda Velvet Revolver).

O hard rock realmente é porto seguro prá todo roqueiro meio perdido. Bom, o disco tem sua força. A guitarra do Slash tá lá, forte mas pouco ousada. Mas acho que minha maior decepção é com o Weiland (vocal, ex-Stone Temple Pilots). Parece que não é a praia dele, soou esquisito. Acho que é o mau dessas novas-super-bandas montadas com ex-membros de grupos muito diferentes (vide o Audioslave: parece que tem algo fora do lugar). Ou então é só o choque da estréia. Com o tempo deve melhorar.

Mas é um bom disco de hard rock, com belas pitadas de riffs heavy metal. Ou seja, dá prá curtir legal sem nenhum efeito colateral nocivo. Efeitos colaterais positivos:

.Vontade de escutar Led, Deep Purple ou afins
.Vontade de escutar os 2 primeiros discos do STP
.Vontade de mandar um e-mail pro Slash e elogiar a troca (do Axl pelo Weiland)

4 comentários:

Anônimo disse...

"Acho que é o mau dessas novas-super-bandas montadas com ex-membros de grupos muito diferentes..."

Paulo, as super-bandas não funcionam direito desde 1969, é só ver o Blind Faith. O resultado normalmente é inferior a capacidade dos músicos. Acho que é muito ego e pouco espaço.

Vitão

Paulo Vasconcellos disse...

Vitão,

seria dizer então que nunca funcionaram, certo?
Não concordo muito não. O Purple MK IV, com Tommy Bolin, Glenn Hughes (ambos com belo histórico anterior), e o mala Coverdale não pode ser visto como um super-grupo?
No conceito de super-grupo? Acho que sim.

De qq forma, a comparação virou covardia, né?

Anônimo disse...

No caso do Purple, na epoca e talvez hoje com o Steve Morse, tem uma base muito forte, um som já bem definido.

Acho que é diferente de formar uma banda nova com caras que já fizeram outros trabalhos e tem linhas diferentes.

No caso do Blind Faith, que foi uma grande banda enquanto durou, voce tenta combinar a cabeça do Clapton recem saido do Cream com o Steve Winwood idem do Traffic, dois grupos que não tem nada a ver acho que até que foi bom resultado, apesar de abaixo do que os caras podiam fazer.

Mesmo assim temos Can´t Find My Way Home que é um clássico a toda prova.

Vitão

Paulo Vasconcellos disse...

Não se esqueça que o Bolin já tinha uma carreira, inclusive em discos bombásticos do Cobham, e o Glenn era simplesmente a alma do Trapeze, a 1a banda funk branquela que eu tenho notícia! Mas ambos não tinham nada a ver com o Purple!

Agora, detesto Winwood, mas adoro a música. Vc conhece a versão que nosso ministro da cultura gravou? Num disco gravado em Londres, todo cantando em inglês? Show de bola...