By the Way...

...eu queria começar um movimento prá tentar trazer o Cowboy Junkies aqui pro Brasil. A foda é que eu acho que o número de fãs é igual o número de torcedores do meu Ameriquinha mineiro: meia dúzia!

Só no 'Open Road' pude ver como é o esquema. Caramba! Os caras só fazem shows em lugares estranhos, normalmente utilizados por orquestras de câmara e afins. Platéias bem pequenas mesmo. Ou seja, nada a ver com um show pop/rock.



Mas é um puta show! Desses que a gente não deve esquecer nunca. E a Margo é cativante demais, canta demais (mas é menos bela do que as fotos fazem crer). Não importa: é a melhor vocalista viva que conheço (sorry Marisa).

Mas que cabia legal no Bourbon Street, cabia.

Instant Bootleg

Tem lá uma certa discussão sobre patentes e afins, a nova neura norte-americana.
Mas a idéia é muito boa. Saca só:

Você vai ao show do Cowboy Junkies. Curte prá caramba. 5 minutos após o término vc passa numa barraquinha e leva, fresquinho, saído do forno, o CD com o show na íntegra. Puta avanço, né?

Já tá rolando lá nos EUA. Pena que por aqui nem show legal prá ir tem ultimamente...

Grande Vitão

O Vitão é quase um irmão mais velho. Meu e de um monte de gente.
Devo ao Vitão a trilha (de caminho) prá se gostar de Jazz. Pr'um roqueiro gostar de jazz!
Interessado na receita? Simples:

.Comece com 'Bitches Brew'(69) do Miles Davis
.Deguste com cuidado e paciência
.Avance lentamente pelos discos seguintes do Miles, até 'Get Up With It' (74)
.(Pode pular 'On the Corner', é meio chato mesmo)
.(Mas não pule, em hipótese nenhuma, 'Tribute to Jack Johnson')
.Agora volte muito no tempo, prá 'Kind of Blue' (59)
.Deste ponto em diante é contigo
.(QQ relutância pode ser batida com 'Jam Session' do Charlie Parker)




É do Vitão a seguinte dica pro BlueNoir: 'The Thrilling Detective'.

Explico: o Vitão tava num happy hour, há uns 4 anos, quando discutimos o projeto 'BlueNoir'. Como a maioria dos projetos de boteco, ficou arquivado. Explicação simples:

1 Projeto - 1 Prazo = 0 (zero)

Mas ele, assim como o Towerson e o Azuma, conhecem bem o espírito deste canto aqui.
Quem sabe até passam a contribuir mais, né?

Growing Up

Desde o início de sua carreira, no Genesis, Peter Gabriel é um cara teatral, visual. Seus shows, como ele mesmo diz, são uma chance de dar ou completar o ponto de vista de cada música.

Bão, o cara exagerou. O show da última turnê, documentado no DVD 'Growing Up Live', é um espetáculo em todos os sentidos. Não vou ficar falando tudo que ele apronta para não estragar o efeito surpresa.



É o que resta prá nós, fãs terceiro-mundistas. Mas é um show que tem que ser visto ao vivo, igual circo. O DVD, muito bem dirigido por sinal, acaba sendo um complemento pros nossos irmãos primeiro-mundistas que viram o show: rachando a tela em duas, o diretor acaba fazendo uma espécie de 'making of' ao vivo. Excepcional!

E a versão de 'Mercy Street' é definitiva, arrepiante, perfeita.

Velvet Revolver: quase um tiro pela culatra

Eu disse quase. Bom, devidamente napsterizado e auscutado (tô falando de 'Contraband', disco de estréia da nova-super-banda Velvet Revolver).

O hard rock realmente é porto seguro prá todo roqueiro meio perdido. Bom, o disco tem sua força. A guitarra do Slash tá lá, forte mas pouco ousada. Mas acho que minha maior decepção é com o Weiland (vocal, ex-Stone Temple Pilots). Parece que não é a praia dele, soou esquisito. Acho que é o mau dessas novas-super-bandas montadas com ex-membros de grupos muito diferentes (vide o Audioslave: parece que tem algo fora do lugar). Ou então é só o choque da estréia. Com o tempo deve melhorar.

Mas é um bom disco de hard rock, com belas pitadas de riffs heavy metal. Ou seja, dá prá curtir legal sem nenhum efeito colateral nocivo. Efeitos colaterais positivos:

.Vontade de escutar Led, Deep Purple ou afins
.Vontade de escutar os 2 primeiros discos do STP
.Vontade de mandar um e-mail pro Slash e elogiar a troca (do Axl pelo Weiland)

Revolver de Veludo

(ou "Tão Protegido quanto o cidadão brasileiro")

A indústria fonográfica americana comemorava na última semana o fato do disco da mais nova super-banda do pedaço, o Velvet Revolver, ter vendido umas 300 mil cópias. Motivo: trata-se de um disco protegido contra cópia.



Será que eles sabem que o disco também é recordista de downloads?

Bom, trata-se d'uma fusão do vocalista doidão dos Stone Temple Pilots com Slash e outros ex-membros do Guns. Ainda não sei o q q deu...

Uma Grata Surpresa

Nunca gostei do cinema do Ruy Guerra (apesar dele ser chegadaço do Chico Buarque). Já conhecia "Quarup" (uma merda) e "Estorvo" (um desastre, apesar de baseado no romance de estréia do Chico, que é bom demais).

Mas aí fiquei sabendo que o Ruy é velho de guerra (meus trocadilhos só fazem piorar).

Ele é do início do Cinema Novo. Na verdade alguns crêem que ele foi o principal motivador do cinema novo. Arma: "Os Cafajestes".



Aproveitei sessão especial (Cinéfilo) do Canal Brasil de ontem prá conhecer. PQP! Que filme! A influência européia é bem nítida, principalmente na fotografia (b&w). Agora, a trilha sonora do Luiz Bonfá, as atuações de Jece Valadão (pasme!), Norma Bengel (babe!!) e Daniel Filho (engasgue!!!), além do excepcional roteiro (do próprio Ruy) fazem deste um dos melhores filmes brasileiros de todos os tempos. Tô exagerando não.

Pena que muitos só se lembram dele pq foi a primeira vez que filmaram um nu frontal...
Coisa de ignorante.

Profecias Inocentes (?)

"Video-games não influenciam crianças.
Quer dizer, se o Pac-Man tivesse influenciando a nossa
geração, estaríamos todos correndo em salas escuras,
mastigando pilulas mágicas e
escutando músicas eletrônicas repetitivas."

Kristian Wilson, Diretor Nintendo Inc, 1989.

Tks Tatinha!

The Nightmare is over...

O Lollapalooza foi cancelado. Motivo: baixa venda de ingressos.

Pudera: Sonic Youth, Morrissey, Pixies, PJ Harvey e Flaming Lips ?!?!

O festival foi o que foi, no início dos anos 90, no auge do movimento Grunge.
O show de 92 é um marco. Saca só: Soundgarden, Pearl Jam, Temple of the Dog e Red Hot de lambuja... Não dá prá comparar, né?

Mas agora deixou de fazer sentido. E achar que Morrissey, Pixies e Flaming Lips atraem 'alternativos' é ingenuidade demais. Hoje eles são uma caricatura do que já foram.
(Tem até letra do Morrissey publicada no Mais da Folha do último domingo!!! Uma droga de letra, diga-se de passagem. Mas lógico q tá cheio de viúva dos Smiths ouriçada com o disquinho novo do carinha sensível...)

Injustiça!!

N'um outro post eu disse que o grande destaque de 'One Soul Now', novo disco do Cowboy Junkies, era um cover do Cure. Tudo bem. Tem disco que nasce prá ser ouvido por 10 dias seguidos (2x por dia, no mínimo). Aí sim vc pega A Alma (sorry pelo trocadilho) dele.

Com os Cowboys é sempre assim. Mas eu não aprendo.

Seguinte, napsteriza aí "He will call you Baby". Trata-se d'um blues. Que BLUES!!
Letra, arranjo, solo de guitarra... uma perfeição. Simples, direta, ...
Aliás, todas as inéditas são muito boas. Mas fluem sem surpresas. De repente (lá na oitava faixa), quando aparece a introdução desta... Só ouvindo prá entender.

Mala Deprê

Meu saco já encheu. Será que do Reino Unido só receberemos bandinhas deprê?
(Não me venham com Franz Ferdinand, please!!!)

Agora tó falando do Keane.



Trio com batera, baixo e... piano! Fórmula-base: Coldplay = derivação pop do Radiohead + popzinho + tristezazinha + U2...

Tudo bem, são bandinhas legais. Mas já deu no saco!
Até o Oasis anda "don't cry your heart out"...
Será que eles já ouviram falar em Rolling Stones, Led Zeppelin e afins?

As Vitrines

Eu te vejo sair por aí
Te avisei que a cidade era um vão
-Dá tua mão
-Olha pra mim
-Não faz assim
-Não vai lá não

Os letreiros a te colorir
Embaraçam a minha visão
Eu te vi suspirar de aflição
E sair da sessão, frouxa de rir

Já te vejo brincando, gostando de ser
Tua sombra a se multiplicar
Nos teus olhos também posso ver
As vitrines te vendo passar

Na galeria
Cada clarão
É como um dia depois de outro dia
Abrindo um salão
Passas em exposição
Passas sem ver teu vigia
Catando a poesia
Que entornas no chão


1981 © - Marola Edições Musicais Ltda.
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Internacional Copyright Secured

Chico 60

Amanhã (sáb, 19/jun), o senhor Francisco Buarque de Hollanda completa 60 anos. Trata-se do maior compositor, letrista e escritor brasileiro vivo. ponto!

Você pode não gostar do estilo da música dele. Você pode, como muitos, achá-lo um péssimo cantor. Mas acho impossível alguém ficar indiferente à sua obra. Leia 'Budapeste', seu último livro. Se possível vá até o festival de literatura que ocorre em Paraty no próximo mês. Vc irá presenciar o maior escritor americano vivo, Sr Paul Auster, lendo trechos deste último livro do Chico. Um dos grandes programas do ano, sem sombra de dúvida.

Convivo com a obra do Chico desde criança (minha mãe é uma de suas várias fãs número 1).
Confesso que não é o tipo de som que carrego comigo. Mas tem dias que é tudo que gosto de ouvir. Hoje ou amanhã eu faria uma sequência mais ou menos assim:

Vitrines - (minha preferida)
Samba e Amor - (início de carreira triunfal)
Olhos nos Olhos - (a mulher falando)
Trocando em Miúdos - (sem palavras)
Apesar de Você - (prá quebrar o clima, o Chico Político)
Vai Passar - (sequência natural)
Jorge Maravilha - (Chico rock, humorístico, pop!)
Acorda Amor - (chama o ladrão!)
O Que Será - (clássico com Milton)
Cálice - (clássico com Milton)
Vida - (clássico sem Milton)
A Volta do Malandro - (que nunca foi)
Cotidiano - (absurdamente simples e bonita)
Construção - (dizer o q?)
Deus lhe Pague - (clássico de 2 acordes)

E como se não bastasse, quando exilado na Itália Chico inventou um jogo de futebol em tabuleiro. Nos anos 80 foi lançado pela Grow aqui no Brasil com o nome Escrete. Era divertidíssimo.

Esse é o cara. Mas parece que a gente não liga, né?

Coadjuvantes Ilustres

O batera (Terry Bozzio) trampou muito com o doidão do Frank Zappa e com Jeff Beck.
Tony Levin (baixo) já trampou com tudo mundo (Peter Gabriel, Liquid Tension, ...).
Steve Stevens (guitarra) tocou até no 'Bad' do Michael Jackson.

Sempre foram coadjuvantes ilustres. Músicos de estúdio bastante requisitados.



Mas quando resolveram se juntar prá gravar material próprio... putz grillo! Que som legal!
Sabe aquele misto-jurássico de rock pesado, progressivo e afins. Com direito a guitarrinhas espanholas e afins? Então. Napsterize aí e curte (até pq deve ser difícil achar prá comprar por essas bandas).

Trash-anchada

A VIP deste mês, falando da trilha de "School's Rock" (ou algo do tipo), reclama que o Led Zeppelin encrenca muito para liberar suas músicas para trilhas sonoras. Mas pr'esse foi liberada "Immigrant Song". A 1a liberação teria ocorrido para o amigão Cameron Crowe: "That's the Way" foi utilizada em "Almost Famous".

Bem... mas não foi a 1a vez que uma música do Led pintou na telona não. Numa pornochanchada brasileira bem trash (tem até Paulo Coelho como ator, blergh 4x!!), chamada 'Os Mansos' (o PC é um deles, hehe), rola Led. Num dos 3 'episódios' que formam o filme, numa cena em uma discoteca (super chique) o som que tá rolando no último é "Rock and Roll" do Led. Um barato.

O uso 'pirata' de músicas estrangeiras era normal neste saudoso período do cinema nacional. Num outro, chamado "Essa gostosa brincadeira a dois" (com Vera Fisher novinha e muito bonita), rola "Smoke on the Water" do Deep Purple e, pasmem, até Trapeze!! (com Glenn Hughes nos vocais). E tem gente que acha que porno-chanchada não agrega nada. tsc tsc ...

One Soul Now!

Tem Cowboy Junkies novo na praça (e na Overnet). Trata-se de 'One Soul Now', que em pacote promocional vem acompanhado do EP ''neath your covers'.



De novo o CJ muda um pouco de rumo. A guitarra do Michael Timmins tá lá cheia de distorção de novo, mas desta vez em solos mais curtos (diria até contidos mesmo). É um disco mais 'pop' que Open, com melodias e refrões mais fáceis. Mas nada a ver com os últimos discos por grandes gravadores (os mais fracos deles, falsamente 'pops'). A voz da Margo parece melhorar a cada disco. É impressionante.

Mas a grande surpresa tá no EP, que tem 5 covers (e seria uma parte 1!). Tem lá '17 seconds' do The Cure!!! Nunca tinha imaginado tal crossover... O CJ sempre fez covers, mas de Robert Johnson, Willie Dixon, Lou Reed e Bob Dylan. Agora, Cure foi realmente surpreendente. Tá lá o q o Robert Smith disse, mas numa leitura muito, mas muito particular mesmo. Tá no Top 10 do ano, venha o q vier.

The Saints go marching in

Wired: GarageBand.com Leaves Door Open

Musicians who post their music on GarageBand.com can now opt to license their songs using Creative Commons. Music fans can trade and share songs as much as they like without fearing the RIAA's wrath.

Musa Nova

Ainda não vi nenhum de seus filmes ('Moça com Brinco de Pérola' e 'Encontros e Despedidas'). Na verdade só a vi no trailer do 1o (que estréia hoje) e numa foto na FSP de hoje.

Há quanto tempo não aparece uma menina assim (acho que desde Gwyneth, há uns 10 anos...)

Tô falando de Scarlet Johansson. Protagonista deste filme que tenta contar a história da 'Moça com Brinco de Pérola', um quadro que é considerado a Mona Lisa holandesa. Pô, que sacanagem!
A Mona Lisa é feia prá c@¨&*%#, além de ser um auto-retrato do Da Vinci travestido.

Pecado Celeste

Quando me propus a fazer uma lista bem estranha e down de dicas culturais pro dia dos namorados me esqueci daquele que talvez seja o filme mais estranho dos últimos tempos: Vanilla Sky! Sorte que o Telecine Premium me lembrou ontem a noite (tá em tempo).

Trata-se d'um remake de um filme espanhol, "Abra los Ojos". Lógico que Cameron Crowe (o diretor), coloca sua assinatura. E não seria outra senão referências explícitas ao mundo do rock&roll (sua paixão confessa) e do cinema. É o tipo do filme que tem que ser visto no mínimo umas 3 vezes prá vc poder captar todas as citações.

Além de 'open your eyes', outra frase aparece bastante: 'vc tem que conhecer o fel prá poder curtir e valorizar o mel'. Daí que 'Wild Honey' do U2 gruda como mel (sic) na maravilhosa trilha do filme. Trilha que tem tbém REM (2x), Paul McCartney, Peter Gabriel...

Roteiro, Tom Cruise e Cameron Crowe surpreendem. Penelope Cruz e Cameron Diaz fazem seu papel (muito bem como sempre). E das várias perguntas e enigmas que fazem parte da diversão, fica uma:

"Só existem 5 emoções. Qual guia a tua vida? Ódio, Vingança, Vergonha, Conformismo ou Amor?"

Teimarillion

Há uns 10 anos o Marillion sobrevive na teimosia mesmo. Como é uma banda que não vende o suficiente prás grandes gravadoras, chegaram num ponto de quase-inviabilidade.

Até que um gênio teve uma feliz idéia: pô, vamos vender o CD antes de produzí-lo. Seria uma espécie de uma vaquinha junto aos fãs, viabilizada através do marillion.com

Acho que ninguém esperava o grande sucesso da iniciativa. Pela primeira vez depois de Kayleigh (penúltimo da era Fish, em 1985) o Marillion atinge o Top Ten no Reino Unido.
Uma façanha.

Fiquei sabendo pela Veja (blergh!), que dedicou uma página inteira ao moderno 'business plan' do Marillion. Corri pra Overnet e, lógico, o CD Marbles (duplo), já tava inteirinho lá.



Quer saber? Apesar de muito heterogêneo (Radiohead numa faixa, Pink Floyd n'outra, Genesis e afins n'outras), é um disco muito bom. Tem faixa de 18 minutos, prá honrar o rótulo 'rock progressivo'. Achei que abusaram muito daqueles sons decorativos (gaivotas, mar, conversas ao telefone, etc etc), mas no geral é um grande disco. O primeiro desde 'Brave'.
E o Pete Trewavas (baixo) é o grande destaque do disco.

Ouça sozinho, com o volume bem alto. E se falarem que é datado, fora da moda, não esquente. Quem aguentaria todo mundo tocando o som da moda? Ainda mais quando a moda é derivação da grande moda, com filhotes de Casablancas e afins (vulgo Strokes)...

Viva a teimosia!