Detesta a prosa-ruim de engenheiros? Eu também. Mas em duas eles acertaram: o Papa é pop! E a noite cai de alturas impossíveis.
Não importa que a Ilze lembre todos os dias que o Benedito não tem o carisma do Karol. O show tá montado. E nossa TV oficial fará cobertura completíssima.
Boa hora para tirar férias dos telejornais oficiais.
Não tem nada a ver com religião e opções. Os problemas são outros:
Questionam se temos capacidade para organizar um evento esportivo qualquer. Mas concordam em destacar 20 mil policiais para cuidar da segurança do Papa.
Em horário nobre nos enchem de detalhes nobres da nobre visita. E escondem no telejornal da madrugada uma bela matéria sobre padres espanhóis esquecidos no Centro-oeste. Padres de nobres propósitos.
Propósitos censurados há tempos. Afinal, deve prevalescer apenas aquela inocente alienação embalada por uma trilha sonora alegrinha. Axé? Por que não? Primeira vez na história da humanidade que a palavra "RENOVAÇÃO" é utilizada para a perpetuação de costumes.
Costumes que representam uma moral. Arcabouço de uma vida ideal. Não importa que certas "leis" custem a vida de milhares ou milhões. Importa é a vida ideal. Apreciada através d'uma janelinha de meio metro quadrado. Ou de 21, 29 ou 42 polegadas...
09 maio 2007
O Papa é SuperPop
Marcadores: crônica
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário