24 janeiro 2005

Blur :: BlueNoise

Putz... tô devendo este post desde o ano passado. Preguiça e complicação. Afinal, não é todo ano que 4 das suas 5 bandas favoritas (vivas!) lançam material inédito. Quem ficou de fora foi o Pearl Jam, que mesmo assim lançou um excelente álbum ao vivo (acústico), "Benaroya Hall". Mas o Blur nasceu prá festejar coisas INÉDITAS. Então, fica aqui só a menção honrosa. (hehe.. é esse disco que tá fazendo muito 'chato' rever a discografia do PJ com olhos (digo, ouvidos) bem diferentes. "Putz.. 'No Code' é do caralho!"... pois é...)

Foi particularmente difícil escolher um nome para o "prêmio". Para Livros e Filmes acabei criando umas homenagens meio fajutas. Mas para Música! Optei por um nome que define bem meu gosto musical: barulho com pitadas de tristeza: BlueNoise!

O discaço do ano é "How to Dismantle an Atomic Bomb", do U2.



Forte e intenso, marca registrada dos irlandeses. A Bomba Atômica do título é o próprio Bono. Pra variar, tem coisa muito pessoal aí. Particularmente a música do ano, "Sometimes you can't make it on your own". No DVD da edição especial (e no Shareaza) vc encontra uma versão acústica dela, tão bela quanto a original. É o 14o disco oficial do U2 (entendeu o Catorze?), e Bono disse que parece que é o primeiro. Parece e é. Na minha opinião o U2 vive em ciclos. HTDAAB é o 1o disco do 4o ciclo. (Qq dia explico a teoria).
Melhores músicas:
.Sometimes you can't make it on your own
.Miracle Drug
.A Man and a Woman
.Vertigo
.Love and Peace or Else

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Mas confesso que por simpatia (pela teimosia) quase coloquei "Marbles", do Marillion, como o disco do ano. E não é simpatia só pelo esforço da banda em sobreviver nessa selva de gravadoras estúpidas. O disco é bom demais. Lembra a fase áurea do rock progressivo, mas sem bolor e sem saudosismo. É moderno (Angelina), viajandão (Ocean Cloud), pop (Don't Hurt Yourself) e eclético/psicodélico (Drilling Holes).



O Steve Rothery nunca foi tão bom. Versátil prá caramba, em algumas faixas sola como David Gilmour. Em outras lembra Satriani. A companhia de Pete Trewavas (baixo) não podia ser melhor. Pete é o melhor baixista vivo (sorry rush-fãs). Só o Hogarth (que canta muito!) fica devendo. Devia deixar de experimentar timbres que não combinam com sua voz. Aquela gritaria em 'Ocean Cloud' quase estraga uma obra prima.

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O Cowboy Junkies também deu as caras em 2004, após o excelente 'Open' de 2001. O nível caiu um pouco. Transição? Parece... 'Open' foi pesadão demais. Michael distorceu a guitarra no último. Agora pegou mais leve. Segue inspirado (e trabalhando pesado: escreveu todas as músicas, produziu o disco e, lógico, tocou guitarra).



'One Soul Now' combina momentos muito bonitos ('He Will Call You Baby', um puta blusão) com alguns sons um tanto deslocados, como 'Stars of our Stars'. Más línguas vão dizer que o que vale mesmo no disco é o bônus "B'neath your Covers". 'Seventeen' do Cure ficou realmente duca. Mas CJ é sempre CJ. E Margo é sempre Margo (como canta essa mulher!).

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Por último (e não por acaso) a decepção do ano. "Around the Sun", do R.E.M., é o pior disco dos caras. Repetitivo, sem tesão.



Mas como Stipe é sempre Stipe, tem uma pérola perdida ali: 'Make it all Okay'. Simplesmente a 5a melhor música do ano (hehe...)

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Taí... finalmente encerrei a premiação Blur! Sentiu falta de coisa nova? Eu também... Como em 2005 não deve sair nada de novo dos premiados aqui (em todas as categorias), que haja espaço pra gente nova. Senão será um ano fraquinho, de coletâneas e releituras...

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