08 janeiro 2007

Pattern Recognition - The Movie

O livro do William Gibson, que por aqui se chama "Reconhecimento de Padrões", finalmente vai virar um filme. Deve sair em 2008, com direção do excelente e sumido Peter Weir (A Testemunha, Sociedade dos Poetas Mortos, Sem Medo de Viver). Já é uma das grandes notícias de 2007 e 2008, hehe.

[A outra é o possivel lançamento de "Spook Country", novo livro do Gibson, em agosto deste ano. É o primeiro desde "Reconhecimento...". E ele tá sumido de seu blog desde janeiro do ano passado].

Seguinte, sou fanático pelo livro (Nani! kd ele?). Li em 2005 e fiquei torcendo pela inevitável versão cinematográfica*. Na época pensei no Ridley Scott (Blade Runner) para a direção. Mas, pensando bem, o Weir é uma escolha mais certa. Ele não é over em cenografia e efeitos: é um puro Diretor de Atores. Joga as interpretações na frente de tudo. Vide Harrison Ford em "A Testemunha" ou aquela arrepiante atuação de Jeff Bridges em "Sem medo de Viver".

Weir + Gibson... aposto que terá U2 na trilha. Ele tem uma cena memorável em "Sem medo..." com um dos sons mais memoráveis do U2, "Where the Streets have no name". E o Gibson é fanzaço dos caras e vice-versa. Aliás, a história de "Reconhecimento de Padrões" tem um 'q' do U2 de "Achtung Baby" e "Zooropa". A história rola boa parte nas Zooropa, mas faz referências ao 11/set direto.

O que mais escrever sem estragar a história? Hã... a atriz! Quem fará o papel da protagonista, a Cayce. Ela é uma mistura da Nani com a Ariela Mazé (paulistana, nada a ver com a filha do Fábio Jr.). Referências que só eu costuro, hehe. Eu não colocaria uma bonitona+gostosona não. Os estúdios devem ficar tentados a colocar uma Jolie ou Julia (Roberts) no papel. A primeira é muito 'quadrada' (! - não era, ficou) para o papel. E a Julia tá velha (para o papel). Sei lá. Se pudesse ser brasileira seria alguém como a Camila Morgado. Gwyneth Paltrow! É, podia ser. Faz tempo que ela tá devendo um filme bom.


* Agora vou contar um cadinho da história. Não leia se você não leu o livro, ok? Aliás, se não leu, vc tem até 2008 para fazê-lo. Não precisa gostar de sci-fi e afins.

A vocação 'cinematográfica' dos textos do Gibson é notória. A diferença de "Reconhecimento de Padrões" é que tem cinema na história: Um filme maluco que é distribuído em pequenos trechos (menores que a duração média dos vídeos do YouTube) e vira uma mania mundial. Ninguém sabe onde ou por quem o filme é produzido. Aliás, ninguém entende a história. A "febre" faz com que alguns fãs banquem até a divulgação quando um novo trecho "cai na rede".

Imagina só o que um BOM diretor faz com um roteiro assim. Ele fará dois filmes em um! Pode exercitar dois estilos totalmente diferentes. Imagina que briga de foice não foi pra ganhar a direção d'algo assim! Daí que tenho quase certeza que Gibson influenciou na escolha. É fácil pegar um roteiro do Gibson e fazer pirotecnia. Nas mãos do Weir, "Pattern Recognition" deve virar um exercício de estilo como há muito não vemos no cinema.

Caramba... 2008 tá longe!

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Tira-gosto (Scratch) de um trecho de seu livro que serve de base para este artigo:


"Of course," he says, "we have no idea, now, of who or what the inhabitants of our future might be. In that sense, we have no future. Not in the sense that our grandparents had a future, or thought they did. Fully imagined cultural futures were the luxury of another day, one in which 'now' was of some greater duration. For us, of course, things can change so abruptly, so violently, so profoundly, that futures like our grandparents' have insufficient 'now' to stand on. We have no future because our present is too volatile. ... We have only risk management. The spinning of the given moment's scenarios. Pattern recognition." (page 57)

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