29 dezembro 2006

O Local dos Sonhos



Surrupiei a bela foto aí do LittleDan, lá no Flickr. Sem inspiração para o último post do ano, surrupiarei até o que ele surrupiou d'outros:


“Dream as if you'll live forever, live as if you'll die today.”
James Dean

“All men dream: but not equally. Those who dream by night in the dusty recesses of their minds wake in the day to find that it was vanity: but the dreamers of the day are dangerous men, for they may act their dreams with open eyes, to make it possible.”
T.E. Lawrence



Tava ouvindo Peter Gabriel. É tanto "dreams" e "dreamers" em suas músicas que entrei no Flickr e busquei uma foto CC (Creative Commons) com a etiqueta "dream". Sonho..

O pequeno Dan batizou sua foto de "Meus sonhos estão lá fora". O grande Gabriel falou pra "viver o sonho do sonhador". Mas o Lorenço acima falou que "sonhadores do dia são homens perigosos - eles podem tornar seus sonhos possíveis".

É legal falar de sonhos numa virada de ano. Como foi legal correr na pancadinha de chuva que acabou de cair só pra "lavar a alma". Com o som no último. Cantando num grito desafinado letras que nenhum vizinho entenderia. Nem aqueles que sacam inglês e/ou Gabriel.

Chega a escuridão.. ("Darkness", do último disco do cara), e ele fala que "chorou até sorrir". Chorei quando trepei na montanha de Solsbury. A letra, de 77, é minha desde o início do ano. Sorri cantando que "queria ser uma marreta". Lembrei do vídeo, um dos mais geniais de todos os tempos. Mas não acho meus sonhos...

Acho que tava escapando. Ou, pra variar, me escondendo nas percepções dos outros. Chorando choros dos outros. Rindo o riso dos outros. Gozando com o sexo dos outros. Sonhando sonhos que não são meus.

O sonho do Pequeno Dan "tá lá fora". Os meus estão aqui dentro, em algum lugar.

Hei de encontrar.

Que você também descubra e brigue pelos seus. E que eles sejam GRANDES!
Feliz 2007!

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Terminei o post e começou "Growing Up": "Meu fantasma gosta de viajar..."

LOL.

20 dezembro 2006

Pecados

No último domingo o Fantástico mostrou 7 pequenas histórias baseadas nos pecados capitais. Coisa jóia e bem feita. Um ou outro meio sem graça, mas o Bruno Garcia (Ira) e a Luana Piovani (Preguiça) mandaram bem. E o Selton Mello (Soberba) não conta. É sempre perfeito.

Aí fiquei pensando em quanta coisa já foi feita em torno dos pecados mais famosos. Uma série de livros (que contou com LF Veríssimo e João Ubaldo), o "Se7en", algumas músicas. Acho que não se trata mais de criar variações em torno dos mesmos pecados. Não atualizaram as X maravilhas do mundo? Pq não fazer um upgrade nos pecados?

Acho que na mesma semana teve um Café Filosófico (TV Cultura) com o Eduardo Gianneti. Papeando d'uma forma muito agradável, o Gianetti destacou um mega-pecado:

"O Brasil é o paraíso do auto-engano."


Falou também d'algumas pesquisas. Uma não sai da minha cabeça: 70% dos brasileiros dizem que os brasileiros não são confiáveis. No entanto, na mesma pesquisa, 70% das pessoas disseram que se julgam confiáveis. Hehe.. não estranharei se forem os mesmos 70%.

"Crise Ética"? Uma nação de pecadores que adoram o auto-engano.
E que não confiam em ninguém.

É difícil saber a origem disso tudo né? Nosso Pecado Original. Qual será?

Desconfio que seja o Egoísmo. Carrego algumas definições para egoísmo: é a proeza de encolher o mundo para proporções que, ilusoriamente, permitem total e absoluto controle; é a destreza de se ficar cego para tudo que esteja fora do próprio mundinho; é a fixação doentia pelo próprio umbigo - um tesão incontrolável por ele.

Egoísmo é original porque é um pecado-mãe, progenitor - 'vaca bagual', 'abelha-rainha'. De sua barriguinha torneada pipocam pecados-filho. Taí, podiam fazer uma série sobre famílias de pecados - e pecados de famílias. Cruza as palavras, a la Chico, e tasca uma obra daquelas.

Tem que falar do primogênito, a Ingratidão. Egoísta é Ingrato que dói. Como dói. Até pq, vivendo pelo próprio umbigo, como ele descobrirá que deve gratidão a alguém? Não descobre. E briga quando cobram. Aí ele convoca a Ira, a Soberba - monta um exército de pecados para defender sua integridade.

Acho que tá aí a diferença entre os Pecados Clássicos e os Pecados pós-Modernos. O clássico é fácil de ser percebido e confessado: "Sou guloso, e daí?"; "Ai.. sou ninfomaníaca..."; e por aí vai. Tem gente que adora assumir o papel de pecador clássico.

Já o pecado moderno ninguém comete. Ou melhor, ninguém admite que comete - padres não o conhecem! Imagina! "ô Padre Jêsuis, sou um ingrato mortal!". Haha.. Não vai valer nem meia-dúzia de Aves-Marias..

Mas quem cobra gratidão também tá cometendo um pecado modernoso: confessa assim que foi um falso altruísta. Admite que só deu algo pra receber um troco - mesmo que seja um mísero troquinho. O cobrador de gratidão comprova a tese da Dra Paulinha Magila: "Não há altruísmo!".

Amarra-se assim a teia que nos cobre: cobrar é pecado. O certo é não dar, não doar. O certo é cada um criar e cuidar de seu mundinho, por insípido e falso que ele seja. Afinal, a inveja não deixou de ser um pecado capital. "Inveja é uma merda!". "Egoísta eu?, mas eu ajudo tanto!".. hehe.

Há quem diga que o problema com o Egoísmo é a sua esposa: a Mentira.

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Ufs... qq dia pego essa idéia de novo e escrevo algo mais "rico".
Menos "egoísta".


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18 dezembro 2006

Window in the Skies




A coletânea recém-lançada é um caça-níquel injustificável.
Mas o clipe aí é nota 10.


15 dezembro 2006

12 dezembro 2006

Scratch #076



Em 12 de dezembro de 1863 nascia Edvard Munch.

Seu grito ecoa até hoje.



10 dezembro 2006

Eu não sei de nada...

... mas desconfio de muita coisa.


Apesar de "Libertas quae sera tamem" ser legalzinha, eu trocaria a frase de nossa bandeira. Colocaria a frase acima, que surrupiei d'um livro que (que vergonha!) nunca li. Aliás, eu trocaria toda a bandeira de Minas. Mas isso é outro assunto. Hoje eu quero falar de um livro que nunca folheei.

Queria culpar a Dona Rosângela, que gastou quatro anos nos fazendo ler, reler e provar a leitura de "Alienistas", "Iracemas" e "Engenhos" que eram chatos, incompatíveis com as mentes virgens de moleques e molecas de 11-14 anos de idade. "Dom Casmurro" deve aliviar um pouco a pena dela. Mas nos privar de João Guimarães Rosa foi um pecado. Mortal.

Idêntico ao que cometo agora, querendo comentar um livro que não li. Acabei de surrupiá-lo da estante do Cacá, com a intenção de surrupiar alguns trechos. Um ladrão de percepções, emoções e frases.

Deve ter um ano que comecei a prestar atenção em "Grande Sertão: Veredas". O Cacá normalmente é muito comedido em seus comentários e indicações. Mas não esconde sua paixão pelo texto do Guimarães.

Tanto que sua leitura, junto com o Tio Paulo, Tio Moacir e Dejacir, quase ninguém fez. Com certeza, ninguém daquela multidão que a Globo tá mostrando desde ontem em seus telejornais.

O quarteto vasculhou parte do Grande Sertão. Visitaram Gramogol que, acabo de descobrir, não tá no mapa nem na Wikipédia (OPS: Veja atualiação abaixo). Vou chutar, mas acho que eles viram que os 50 anos que se passaram desde o lançamento da OBRA do Guimarães não passaram por lá. Dos papos que ficam meio anuviados pelo álcool, me lembro d'uma mudança significativa. As Diadorins viraram Pitangas. Camilas Pitangas. Mas seguem desdentadas. Seguem amáveis e apaixonantes.

Mas cá estou eu de novo... roubando emoções, paixões e percepções. É uma pena, mas o quarteto não é dado a transcrições digitais. Qualquer dia filmo o sarau que eles fazem no boteco do Deja e despejo aqui.

Mas não me sinto mais ladrão que a Bia Lessa, a Globo e a Mariana Godoy não. Estamos todos tirando proveito da OBRA e das emoções dos outros. Com a desculpa de 'comemorar' os 50 anos de "Grande Sertão: Veredas". O limitado tempo que a Globo tem pr'essas coisas só permite minúsculas citações e gracinhas:

"Dansa! É assim que deve ser. O "cedilha" prende a palavra. A DANSA deve ser livre, solta".
[foi mais ou menos assim]

"As palavras devem ser vestidas com roupa de domingo!"

Assim a televisão PRENDE 624 páginas da OBRA. Assim a Globo mostra o tanto que gosta e divulga cultura. Detalhe: o Zeca Pagodinho teve mais de meia-hora esses dias... ele vende, né? E paga jabá! 30 segundos pro Guimarães. 30 minutos pra 'Calcinha Preta'... E depois se acham com 'moral' pra dizer que o país não tá nada bem... Mas isso é outro assunto.

Meu assunto é um livro que tenho que ler (duas vezes) antes de morrer. Pq livro assim só leu quem leu duas vezes. A segunda pode ser da forma que o quarteto fez. Mas ela deveria existir. Toda obra muda com o 2º olhar. Toda boa obra muda. Hehe.. essa é uma boa forma de não dizer que mudamos e envelhecemos.

Sei lá... sei de nada não. Mas saca só:

"E eu era igual àqueles homens? Era. Com não terem mulher nenhuma lá, eles sacolejavam bestidades. - 'Saindo por aí,' - dizia um - 'qualquer uma que seja, não me escapole!' Ao que contavam casos de mocinhas ensinadas por eles, aproveitavelmente, de seguida, em horas safadas. - 'Mulher é gente tão infeliz...' - me disse Diadorim, uma vez, depois que tinha ouvido as estórias. Aqueles homens, quando estavam precisando, eles tinham aca, almiscravam. Achavam, manejavam. Deus me livrou de endurecer nesses costumes perpétuos. A primeira, que foi, bonita moça, eu estava com ela somente. Tanto gritava, que xingava, tanto me mordia, e as unhas tinha. Ao cabo, que pude, a moça - fechados os olhos - não bulia; não fosse o coração dela rebater no meu peito, eu entrevia medo. Mas eu não podia esbarrar. Assim tanto, de repente vindo, ela estremeceuzinha."

Assim tanto, quando a obra é boa, você abre em qualquer página, dá um 'pause' em qualquer cena, aperta 'shuffle', e extrai beleza. Ou feiúra e bestidades descritas, mostradas ou cantadas com personalidade, coragem e - de novo - beleza.

E o idiota aqui ainda não leu João Guimarães Rosa.

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Atualização (10/dez): e o idiota aqui não sabia que a dita Gramogol (falada com álcool no acelerador) na realidade é Grão Mogol, que tá sim na Wikipédia. Inclusive com mapa!

Tks Cacá, que só me alertou depois que o texto foi publicado no 2º jornal mais lido de Varginha...


08 dezembro 2006

Reflexões de um Bueiro

Vai fazer uma década que estou aqui. Fui fabricado num canto da zona leste, mas dei mais sorte que os meus irmãos que ficaram nas ruas de lá. Aqui sou mais chique e importante. Um bueiro na avenida que tem o metro quadrado mais caro da América Latina.

Mas o povo daqui é tão mal educado quanto o de lá. Não só porque jogam de tudo em cima de mim. (Detesto as bitucas de cigarros.) Mas principalmente porque me chamam de 'boca de lobo'. De onde tiraram isso? Sou um B U E I R O. Bua, no latim vulgar, significa água. Eiro é um escorredor. Sou um escorredor de águas: um BUEIRO! Construído com ferro muito nobre para um propósito muito nobre. E colocado na Avenida Paulista!


Reconheço que sou meio feinho e meu hálito não é dos melhores. Por isso peguei no Flickr uma foto de minha paixão, a grade que fica logo ali na calçada. Ela é linda e simétrica. Uma gracinha. Mas sofre tanto quanto eu. A foto é do Chrys Omori.

Nessa semana que se encerra tive que engolir o equivalente a um mês inteiro de chuvas. Foi um terror. E o verão ainda nem começou. Se fosse só o aguaceiro, tudo bem. Mas com a água vem todo tipo de lixo que você pode imaginar. Sim, até aqui, em plena Avenida Paulista. Na terça eu tive que engolir um yaksoba inteiro. Blergh... Mas vou parar de reclamar de minha vida passiva e aguada. Afinal, sou um BUEIRO da Avenida Paulista. E aqui posso aprender muita coisa. Escuto de tudo, vejo de tudo. Gosto particularmente da estudantada da FGV. Tornei-me um "economista diletante". E ando preocupado.

Nosso PIB não cresce. Poucos bueiros são fabricados. Mas culpam só os juros mais altos do mundo? Os caras que cruzam aqui para entrar ali no prédio da FIESP só falam nisso: juros, juros, juros. Concordo que eles (os juros) estão pela hora da morte. Mas de que adiantaria só um radical corte? Veja bem.

Passam por cima de mim milhões de pessoas. Elas estão indo ou voltando de algum lugar. A maioria tá trabalhando. Inclusive aquele boyzinho fdp que escutava 'bate-estaca' e jogou uma latinha de cerveja pro meu lado. Sei que aqui a coisa não foi tão feia quanto na zona sul ou na zona leste. Mas, mesmo assim, a média de velocidade dessa cambada foi de 20km/h nesta semana. O dia todo!

Não entendo o que é 'conta de padaria'. Nunca vi uma. Mas vou fazer uns cálculos que aprendi com a estudantada da FGV e com os chorões da FIESP:

  • Um milhão de pessoas
  • Custo médio de R$ 5/hora
  • Média de 4 horas em "trânsito" por dia
  • Média realizada em 1/4 do ano, ou 90 dias
  • (Quando o PCC não decreta feriado municipal)
  • Multiplicando tudo dá R$1,8 bilhão!
Mesmo subvalorizando todos os valores, só isso já representa quase 0,1% de nosso PIB. E eu tô falando só da Avenida Paulista! Imagina a conta dos meus irmãos da 23 de Maio e da 25 de Março e da 9 de Julho. Imagina meus primos da Avenida Atlântica (ai que inveja). Pensa bem se todos os bueiros do Brasil resolverem contabilizar o prejuízo que eles testemunham. Vamos concluir que São Pedro abocanha todo ano 1% ou 2% do nosso PIB. Coitado do São Pedro...

Coitada daquela molecada que tá trabalhando em um projeto de TI aqui pertinho. Quarta-feira passaram correndo por cima de mim. Ouvi um deles dizer que o cronograma tá com 3 meses de atraso. A molecada tava 2 horas atrasada. Para uma reunião que decidiria o que fazer com o atraso. A moça bonita que os acompanhava (com calcinha*) reclamava da carga diária de 12 horas. Com as 4 horas no trânsito (ela mora em Alphaville - ai que inveja!), restam-lhe 8 horas por dia. Para dormir, falar "oi" para os filhos e o maridão (que tá traindo ela), e falar por "horas" com aquela prima que desconfia do maridão. "Por isso", explica ela, "meu cabelo tá esse lixo". Acho que essa molecada não tem como produzir direito. Mas nem vou fazer mais conta não. Só queria entender porque esse povo não pode trabalhar em casa. Que coisa mais antiga esse negócio de se deslocar pra trabalhar.

Se eles fossem operários d'uma fábrica de bueiros eu entenderia...

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* Não me entendam mal. Não sou um tarado. Mas são os ossos do ofício. Parece que esse negócio de andar sem calcinha virou moda. E eu não tenho como fechar os olhos. Então vejo tudo, né? Olha, não espalha não, mas até naquele prédio famoso ali tem secretária que aderiu. Tem umas de aderem desde manhã. Eu estranho mesmo aquelas que chegam com e voltam pra casa sem. Que pouca vergonha... Mas é o tipo de pouca vergonha que não afeta o PIB. Ou será que afeta? Vou perguntar para os universitários da FGV...

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Desaguado originalmente no Graffiti.


07 dezembro 2006

O Autor Coletivo

O texto abaixo foi surrupiado de Ronaldo Lemos, que o publicou no Overmundo.


Um dos jornais mais vendidos na Coréia não tem jornalistas fixos. Trata-se do OhMyNews, uma das primeiras experiências em mídia colaborativa. Seu lema é: "Todo cidadão é um repórter". O jornal, que possui uma versão impressa diária e uma versão on-line, é realizado a partir das contribuições de qualquer pessoa. Entretanto, o corpo editorial ainda desempenha um papel importante: uma junta de editores escolhe o que vai ser publicado ou não dentre todo o material recebido.

A idéia de "jornalismo cidadão" tem-se mostrado cada vez mais forte. O evento emblemático aconteceu no atentado a bomba ocorrido em Londres em 2005. O evento, com toda a sua dimensão trágica, pode ser visto como o marco zero da consolidação do papel das mídias colaborativas na formação e disseminação da informação. Os atentados a Londres demonstraram, através dos inúmeros vídeos amadores e da explosão de matérias e comentários feitos em blogs e em sites privados, que o monopólio das versões sobre grandes eventos não pertence mais à mídia tradicional.

Um fato muito simples demonstra essa transformação. Basta procurar através do Google pela palavra tsunami. Dentre os primeiros resultados, estará a Wikipedia, a enciclopédia colaborativa escrita e modificada por qualquer pessoa. Em estudos recentes, tem ficado claro que as pesquisas no Google têm trazido como principais resultados informações provenientes de weblogs e outros sites colaborativos. A mídia tradicional muitas vezes nem sequer aparece dentre os primeiros resultados. Uma das razões para isso é a decisão de grande parte dos conglomerados de mídia de "trancar" seu conteúdo através de senhas e outras estruturas similares. Dessa forma, o conteúdo não é indexado pelo Google, tornando-se praticamente inacessível para um número significativo de usuários. A conseqüência: o conteúdo dos blogs, aberto e disponível livremente, torna-se a principal fonte de referência indexada na internet.

Esse modelo de produção colaborativa está sendo apelidado de "web 2.0". O termo indica o desenvolvimento recente da internet, que potencializa formas de canalizar o trabalho descentralizado de voluntários. Essa nova vertente de produção cultural, ao que tudo indica, veio para ficar. Em tempos nem tão longínquos, um evento como os atentados em Londres, o tsunami na Ásia ou os ataques à Espanha seriam não só eventos políticos, sociais e econômicos, mas também eventos de mídia. Atualmente, a cobertura da mídia tradicional compete diretamente com a cobertura feita de forma descentralizada, por qualquer pessoa. Em outras palavras, a mídia tradicional ganhou um concorrente inédito historicamente: a própria sociedade.

Leia mais no Overmundo.

Atchim!?!


01 dezembro 2006

Scratch #075


"Não era meu trampo."

Surrupiado do Seth.